O vice-prefeito de Arujá, Márcio José de Oliveira (PRB), foi preso na manhã desta quinta-feira (30) numa investigação da polícia que apura o desvio de dinheiro na secretaria municipal da Saúde. Ao menos mais cinco pessoas apontadas como integrantes da quadrilha também foram presas.
A suspeita é de que a Organização Social (OS) contratada pela prefeitura que fica na região metropolitana de São Paulo esteja ligada ao tráfico de drogas e que esse grupo de pessoas, incluindo o vice-prefeito, esteja envolvido com o esquema criminoso.
A reportagem não conseguiu localizar a defesa do político para comentar o assunto. A prisão de Márcio ocorreu na casa onde ele mora, num condomínio em Arujá. Mas a investigação é feita pela Polícia Civil em Guarulhos, na Grande São Paulo.
Ao todo, são 12 mandados de prisão temporária e 20 de busca e apreensão para serem feitos na capital, em Guarulhos, Arujá, Poá, Mogi das Cruzes e Suzano (essas últimas cidades da região metropolitana), e Itu e Indaiatuba (municípios do interior) e Bertioga (litoral). Seis pessoas já foram presas, incluindo o vice-prefeito.
Segundo o delegado de Guarulhos Fernando Góes Santiago, responsável pelas investigações, o vice-prefeito foi detido por volta das 6h em cumprimento a mandado de prisão temporária decretado pela Justiça.
Vice-prefeito de Arujá foi preso no condomínio onde mora na cidade em operação contra desvio de dinheiro — Foto: Reprodução/TV Globo
Entre os outros presos suspeitos de integrar o grupo que desviava dinheiro da área da saúde, estão:
uma gerente do hospital municipal Dalila Ferreira Barbosa, em Arujá;
e o membro de uma facção criminosa que atua dentro e fora dos presídios e familiares dele.
O homem apontado como o chefe da quadrilha, Anderson Lacerda Pereira, segue foragido desde a primeira etapa da investigação em 3 de junho. De acordo com o delegado, Márcio era vizinho de Pereira, que é dono de 20 casas no mesmo condomínio onde o vice-prefeito foi preso.
Foram pedidas as prisões de outros administradores do hospital, mas a polícia ainda aguarda resposta da Justiça, segundo o delegado.
“Eles [integrantes da quadrilha] desviavam dinheiro do hospital, faziam contratos superfaturados e uma parte do contrato voltava às mãos do criminoso [Anderson]”, disse o delegado Fernando.
Os presos e objetos apreendidos foram levados para o 4º Distrito Policial (DP) em Guarulhos.
Fonte: G1
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