O Irã dará um "golpe recíproco" contra os Estados Unidos pela morte do comandante da Guarda Revolucionária Qassem Soleimani, ameaçou o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, nesta terça-feira (21).
Em foto de 2016, Qassem Soleimani, chefe da Guarda Revolucionária Iraniana, participa de um comício anual do aniversário da revolução islâmica de 1979, em Terrã, no Irã — Foto: AP Photo/Ebrahim Noroozi, File
Khamenei deu a declaração durante encontro com o primeiro-ministro do Iraque, Mustafa al-Kadhimi, segundo o site oficial do aiatolá na internet.
De máscara, aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, se reúne com premiê do Iraque — Foto: Official Khamenei Website/Handout via Reuters
Em 3 de janeiro, um ataque de drones dos EUA no Iraque matou Soleimani, líder da Força Quds da Guarda Revolucionária. Washington acusou Soleimani de planejar ataques de milícias alinhadas ao Irã contra forças norte-americanas na região.
A declaração foi dada no dia seguinte ao anúncio da execução de um homem condenado por espionar as Forças Armadas em nome dos Estados Unidos e Israel e por ajudar a localizar Soleimani.
"A sentença de Mahmud Musavi Majd foi executada na segunda-feira de manhã por espionagem, para que o caso de traição a seu país fique encerrado para sempre", disse o site oficial da Justiça iraniana, Mizan Online.
Morte de Soleimani
O bombardeiro que matou Soleimani aconteceu poucos dias após manifestantes invadirem a embaixada dos Estados Unidos em Bagdá, entrando em confronto com as forças americanas do local. Na época, o presidente americano, Donald Trump, acusou o Irã de estar por trás dos ataques.
Washington utilizou um drone para atingiu Soleimani, que era apontado como o cérebro por trás da estratégia militar e geopolítica do Irã.
Pentágono culpou Soleimani por mortes de americanos no Oriente Médio e afirmou que o objetivo do ataque foi deter planos de futuras ações dos iranianos.
O Irã prometeu retaliação e a tensão entre os dois países provocou medo de que houvesse uma guerra.
O Irã atacou com 22 mísseis duas bases militares que abrigam forçar norte-americanas e iraquianas. O Irã ameaçou realizar ataques dentro dos Estados Unidos se os americanos revidassem a ofensiva.
Irã em tensão
Os organizadores de protestos que tomaram o sudoeste do Irã na semana passada foram detidos, anunciou a polícia iraniana na segunda-feira (20), de acordo com informações da agência oficial de notícias IRNA. O real número de presos e a identidade deles não foram revelados.
Os atos foram provocados pelo anúncio da alta significativa do preço da gasolina. No comunicado da polícia, afirma-se que os manifestantes usaram "o aumento de preços como desculpa".
A polícia de Behbahan anunciou na última sexta-feira ter dispersado "com firmeza" a multidão que haviam protestado na véspera "contra as dificuldades econômicas".
A epidemia do novo coronavírus no Irã exacerbou as dificuldades econômicas do país. Em março, o governo fechou temporariamente os estabelecimentos comerciais não essenciais e teve suas exportações reduzidas, o que causou uma forte desvalorização da moeda e aumento da inflação.
Fonte: G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!