A estratégia de combate ao coronavírus no governo de Goiás não conseguiu a adesão de todas as cidades e está deixando muitos moradores confusos.
O sábado foi de movimento em muitas cidades de Goiás. Por outro lado, em Goiânia, tudo fechado. A capital aderiu esta semana ao decreto do governo do estado que propõe fechamento total das atividades por duas semanas para depois voltar a reabrir.
“O processo de alternância de 14 em 14 dias que é um protocolo que está sendo elogiado por vários epidemiologistas de vários lugares do Brasil” afirma Ronaldo Caiado, DEM, governador de Goiás.
Goiás registra mais de 28 mil casos da Covid-19 e o número de mortes passou de 600. Um dos motivos apontados para o crescimento da doença é o baixo isolamento social, hoje em 37%. E para aumentar esse índice o governo de Goiás contava com a adesão de todos os 246 municípios goianos. O que não aconteceu.
Um levantamento da Associação Goiana de Municípios mostra que apenas 42 aderiram ao decreto estadual na íntegra. A maioria das cidades seguiu outras flexibilizações e datas de fechamento.
Em Rio Verde, o comércio volta a fechar na segunda-feira e a turística Caldas Novas reabriu todos os hotéis e pousadas esta semana. E 11, dos 12 prefeitos da região do entorno de Brasília decidiram adotar as medidas que forem tomadas pelo Distrito Federal.
“Nós sempre acompanhamos a movimentação de Brasília. Hoje, nós não temos como fechar as fronteiras de Goiás se Brasília não fechar”, afirma Edna Aparecida, prefeita de Luziânia.
“O que as pessoas precisam entender é que o tamanho da fila para a internação em UTI é consequência do baixo isolamento social. Se nós aumentarmos o isolamento social para acima de 50, 55% essa fila de internação de UTI ela vai ser encurtada e vai ter leito para todos”, destaca Thiago Rangel, professor e pesquisador da UFG.
Fonte: G1
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