As eleições gerais da Bolívia estão adiadas para 18 de outubro, decidiu nesta quinta-feira (23) o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do país. Caso haja segundo turno, a votação ocorrerá em 29 de novembro.
Mulheres passam, de máscaras, em frente ao Palácio Presidencial da Bolívia em La Paz, em foto de 13 de julho — Foto: David Mercado/Reuters
É a segunda vez que as eleições que escolherão o novo presidente da Bolívia é adiada por causa do novo coronavírus — o pleito deveria ocorrer no primeiro semestre deste ano, mas as autoridades eleitorais haviam postergado para setembro com o avanço da Covid-19.
Em entrevista coletiva, o presidente do TSE, Salvador Romero, disse que tomou a decisão com base na piora da epidemia do novo coronavírus na Bolívia. Além dos casos reportados em hospitais, centenas de corpos foram retirados das ruas e das casas do país nos últimos dias, o que aponta para um problema sanitário severo.
"Essas eleições requerem as maiores medidas de segurança sanitária possíveis para proteger a saúde dos bolivianos", disse, segundo o jornal "El Deber".
Segundo a Universidade Johns Hopkins, a Bolívia tinha mais de 64 mil casos confirmados de novo coronavírus acumulados desde o início da pandemia até esta quinta. O número de mortos pela Covid-19 no país chegou a 2.328.
Entre os infectados, está a presidente interina Jeanine Áñez, que tentará se manter no cargo após assumir a presidência em novembro no ano passado com a renúncia de Evo Morales. O ex-presidente não concorrerá e está em asilo político na Argentina.
Corrida apertada
Pesquisa divulgada na terça-feira pela Ipsos mostra que Luis Arce, afilhado político de Evo, está empatado com o ex-presidente Carlos Mesa. Ambos têm 26% das intenções de voto. Áñez vem em terceiro, com 14%.
Segundo a consulta, Arce e Mesa deverão disputar um segundo turno, no qual o ex-presidente (2003-2005) teria uma vitória folgada de 48% contra 34% do candidato do MAS.
As eleições agora marcadas para outubro foram convocadas após Evo renunciar ao cargo em meio a denúncias de fraude na votação de 2019 — essa, dentro do calendário eleitoral comum na Bolívia. Após Áñez assumir a presidência, um novo pleito foi marcado para maio de 2020, mas acabou adiado por causa da pandemia.
Fonte: G1
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