A taxa de isolamento social no Rio Grande do Norte está abaixo dos 40%. O índice é um dos termômetros utilizados pelo governo do estado para traçar estratégias de combate à pandemia do novo coronavírus no RN. Da sexta-feira (19) para o sábado (20), a taxa de distanciamento oscilou de 36,8% a 39,1%.
Comércio do Alecrim, Natal, RN — Foto: Pedro Vitorino/Cedida
Os números estão bem abaixo do considerado ideal pela Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) para frear o avanço da Covid-19, que seria entre 60 e 70%. O índice registrado na sexta-feira (19) de 36,8% foi o pior desde 20 de março, quando o estado ainda não contabilizava mortes pelo coronavírus.
O levantamento é da empresa In Loco, que tem feito um acompanhamento nacional sobre o assunto, com base em dados de 60 milhões de brasileiros, usuários de vários aplicativos de smartphones. O distanciamento social é recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma das principais formas de controle do contágio do novo coronavírus.
O pior registro em três meses ocorreu em meio a operação "Pacto pela Vida", que começou no dia 4 de maio com o objetivo de intensificar as fiscalizações. As ações começaram com o fechamento de lojas e camelódromo no Alecrim, maior centro comercial da capital potiguar.
No início das fiscalizações, o comandante da PM Alarico Azevedo ressaltou que contava com o apoio da população para aumentar os índices de isolamento. "Entendemos que muitas vezes as pessoas precisam sair de casa para abrir o comércio, mas precisamos fazer esse esforço porque a vida é mais importante", disse à época.
Dentro do período da "Pacto pela Vida", o RN chegou a registrar taxas próximas de 50% em três dias diferentes, mas os números caíram. A última taxa calculada pela empresa de tecnologia In Loco foi de 39,1% no sábado (20). A média nacional de isolamento também é de 39,1%.
Captura de tela da plataforma da In Loco — Foto: Reprodução
Coleta de dados
A tecnologia da In Loco é embarcada em aplicativos de parceiros e clientes (bancos e grandes varejistas, por exemplo). Os usuários que voluntariamente instalam esses softwares podem ou não permitir a coleta de dados pela In Loco, que informa claramente as finalidades previstas na sua política de privacidade.
A única informação coletada é a localização dos celulares, que é utilizada para fins de autenticação e verificação de segurança e anti-fraude, além de contagem de visitas em determinados estabelecimentos.
"Toda essa captação é feita sem identificar as pessoas. A tecnologia da In Loco foi desenvolvida de forma a não coletar dados de identificação civil, como nome, RG, CPF e e-mail", explicaram representantes da empresa. Os dados anônimos de localização coletados são agregados e transformados em estatísticas que são compartilhadas com órgãos públicos.
Fonte: G1
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