O Rio Grande do Norte vive dias difíceis na pandemia, especialmente na Região Metropolitana de Natal. Não há vagas de UTI disponíveis para pacientes graves com Covid-19.
"A gente sabe que a situação da minha tia é bem debilitada. Ela está com Covid, tem problema de asma", conta Karina Kimbirlly, sobrinha de uma paciente.
Enquanto isso, 22 leitos de UTI estão bloqueados na Região Metropolitana de Natal. De acordo com dados da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e da Secretaria de Saúde do estado, 13 deles em hospitais de campanha das duas maiores cidades da região: Natal e Parnamirim.
Em Parnamirim, os dois únicos leitos de UTI estão fechados em manutenção. Segundo o município, falta um convênio com o estado ou outros munícipios para ajudar a manter os leitos. A UPA da cidade entrou em colapso uma semana depois que a prefeitura autorizou a reabertura gradual do comércio.
Em Natal, o motivo do bloqueio de 11 leitos de UTI, que aparece no sistema do estado, é a falta de profissionais e manutenção. A Secretaria Municipal de Saúde de Natal nega e diz que os leitos estão abertos e ocupados, mas por um problema da internet não está conseguindo atualizar o sistema.
Há 15 dias, o governo do estado começou a fechar lojas que não fazem parte das atividades essenciais. Em Natal, houve protesto dos comerciantes e a prefeitura disse que ficaria de fora porque preferia fazer uma fiscalização apenas educativa e não punitiva.
“Por que passados três meses, nós ainda estamos no topo? Porque provavelmente não fomos capazes de fazer um isolamento social adequado que fosse capaz de frear a epidemia lá atrás", afirma a infectologista Marise Reis.
Fonte: G1
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