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quarta-feira, junho 10, 2020

Nova alta de infecções de Covid-19 atinge os EUA

Regiões dos Estados Unidos que não haviam sido severamente atingidas pela pandemia de Covid-19 têm passado por uma onda de infecções, de acordo com reportagem publicada pelo jornal "The Washington Post" nesta quarta-feira (10).

Profissionais de saúde socorrem mulher com dificuldades de respirar, um dos sintomas da Covid-19, em Nova York (EUA) nesta quarta-feira (150 — Foto: Lucas Jackson/Reuters
Profissionais de saúde socorrem mulher com dificuldades de respirar, um dos sintomas da Covid-19, em Nova York (EUA) nesta quarta-feira (150 — Foto: Lucas Jackson/Reuters

A alta ocorre semanas depois de todos os estados norte-americanos retirarem algumas das medidas de isolamento social. Os EUA têm quase 2 milhões de casos do novo coronavírus registrados desde o início da pandemia.

O jornal afirma que 14 estados e Porto Rico, que é um território dos EUA no Caribe, tiveram a semana com a maior alta de novos casos. Veja alguns exemplos, segundo a imprensa norte-americana:

Texas — o estado registrou crescimento de 36% no número de casos desde 25 de maio. Só na terça-feira (9), o Texas teve 2.056 internações por Covid-19, maior alta diária registrada por lá.
Califórnia — nove condados californianos registraram alta no número de casos de Covid-19. Na terça, pelo 17º dia consecutivo, o estado registrou mais de 2 mil novos casos do novo coronavírus.
Arizona — também na terça, o estado registrou 1.243 novas internações, alta de 49% na comparação com 25 de maio. O Arizona tem 76% de ocupação de leitos de UTI.

Melhora em Nova York
Apesar das novas altas em outros estados, a queda dos novos casos de Covid-19 em Nova York e Nova Jersey puxaram para baixo a média de novas infecções: agora, os EUA têm registrado cerca de 20 mil diagnósticos por dia. É uma redução em relação ao pico, em abril, quando havia 30 mil, em média.

Há porém uma incidência de infecções em regiões pouco povoadas, ligadas a unidades de processamento de carnes. O receio dos especialistas é que as cidades pequenas não tenham recursos suficientes para dar uma resposta efetiva aos surtos da doença.

Transmissão por assintomáticos
O principal especialista em doenças infecciosas do governo dos EUA, Anthony Fauci, disse, nesta quarta-feira, que a Organização Mundial da Saúde precisou voltar atrás de sua declaração sobre a raridade da transmissão causada por pacientes assintomáticas porque a afirmação não era correta.

Maria Van Kerkhove disse na terça-feira que, quando afirmou que as transmissões causadas por assintomáticos eram raras, ela fez referência a poucos estudos.

Fauci disse que a variedade de sintomas é muito grande, e que não há nenhum sinal de que as pessoas com o coronavírus, mas sem sinais de doenças, não podem infectar outras.

"As evidências que temos, dada a porcentagem de pessoas, é que cerca de 25% a 45% do total de infectados não têm sintoma. E sabemos de estudos epidemiológicos que eles podem transmitir para alguém que não está infectado, mesmo se não tiverem sintomas. Então dar uma declaração, digamos, que é um evento raro, não estava correto."

Fonte: G1

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