O presidente do Chile, Sebastian Piñera, anunciou neste sábado (13) a saída do ministro da Saúde, Jaime Mañalich, em meio a uma controvérsia sobre os números de mortes no país por causa da pandemia de coronavírus.
Jaime Mañalich, ex-ministro da Saúde do Chile — Foto: Divulgação/Ministério da Saúde do Chile
Piñera agradeceu a Mañalich por seu "serviço nobre". Ele estava no cargo há um ano e foi substituído por Enrique Paris, um médico ex-diretor da Faculdade de Medicina e que trabalhou junto de Piñera na elaboração de seu plano de governo.
As críticas contra Mañalich aumentaram na última semana após o Ciper Chile, um centro de investigações composto por jornalistas, denunciar uma possível distorção na contagem de mortos no país.
De acordo com o relato do Ciper Chile, o Departamento de Estatística do Chile (DEIS), órgão vinculado ao ministério da Saúde, estaria informando à Organização Mundial de Saúde (OMS) um número de mortos maior do que o divulgado ao público local.
A investigação teve acesso a tabelas que apontam que o número de mortes seria superior a 5 mil pessoas no país, quase o dobro do que havia sido divulgado oficialmente pelo ministério, que afirmou na sexta-feira (12) haver cerca de 2,8 mil mortos pela Covid-19.
O ministério reconheceu ao Ciper que reporta esses números à OMS, mas afirmou que as informações precisam ser verificadas, pois incorporam mortes que têm causa provável o coronavírus.
Neste sábado, o número de novos casos no Chile foi de mais de 6,5 mil e o número de mortos ultrapassa o total de 200 nas últimas 24 horas, segundo a agência AFP.
Em maio, o Chile já havia decretado que iria endurecer o isolamento para mais de 8 milhões de pessoas, depois que os casos de Covid-19 passaram a aumentar no país.
Fonte: G1
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