Após o Amazonas começar a registrar uma redução no número de internações nas unidades de saúde e a estabilização da curva epidemiológica dos casos de Covid-19, a Secretaria de Estado de Saúde (Susam) anunciou que vai retirar dos hospitais as câmaras frigoríficas - instaladas para aumentar a capacidade de armazenamento de corpos durante a pandemia.
Hospitais de Manaus retiram câmaras frigoríficas e tendas de triagem instaladas durante pandemia — Foto: Arthur Castro/Secom
O governo também anunciou que encerrou as atividades das tendas de triagem instaladas em hospitais da capital nesta sexta-feira (19). Assim como no caso das câmaras, os centro de triagem foram instalado de forma emergencial para desafogar o sistema de saúde local que chegou a ficar à beira de um colapso.
Neste sábado (19), o Amazonas ultrapassou a marca de 62 mil casos confirmados da doença, com mais de 2,6 mil mortes. Ainda assim, uma análise da curva de casos semanais aponta para uma redução gradual, com queda por duas semanas seguidas.
As câmaras frigoríficas tinham sido instaladas nos Hospital e Pronto-Socorro João Lúcio, 28 de Agosto e Platão Araújo, além dos hospitais de referência Delphina Aziz e de Combate à Covid-19. Uma câmara também foi instalada no Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV), para o acondicionamento de corpos de pacientes que vieram a óbito nessas unidades.
As tendas foram instaladas no 28 de Agosto, João Lúcio e Platão Araújo. O serviço era feito para o primeiro atendimento e a triagem dos pacientes que procuravam as unidades durante o pico da pandemia, com o intuito de diminuir a disseminação do vírus.
De acordo com a secretaria, durante o pico, no dia 4 de maio, foram realizados 138 atendimentos nas três unidades. Pouco mais de um mês após, o número de atendimento é de aproximadamente 30 atendimentos.
“Com base no plano que foi estabelecido, observamos durante os 18 dias posteriores ao início da reabertura gradual das atividades, em 1º de junho, o comportamento dos dados epidemiológicos e da curva de casos e mortes por Covid-19. Ao constatarmos que estes números têm apresentado queda, decidimos encerrar o funcionamento das tendas e iniciar a retirada das câmaras frigoríficas”, justificou a secretária de Estado de Saúde, Simone Papaiz, por meio de nota.
Sistema de saúde 'desafoga'
Desde o início desta semana órgãos de saúde do Amazonas apontam para a redução dos casos e taxas de internações. Um dos maiores exemplos foi o anúncio da Prefeitura de Manaus de encerrar o funcionamento do Hospital de Campanha da cidade com base nos dados de redução de casos.
Outro caso foi do Hospital e Pronto-Socorro (HPS) 28 de Agosto, um dos maiores de Manaus, que liberou uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de 40 leitos - até então exclusiva para pacientes de Covid-19 - para atendimentos de rotina.
Redução gradual de casos
Entre 13 de março, data em que o Amazonas confirmou o primeiro caso de coronavírus, até o fim de maio, quando o número de infectados já ultrapassava a marca de 40,5 mil, a Fundação de Vigilância em Saúde do estado observou um crescimento progressivo nos números semanais, chegando a um pico na última semana de maio, quando foram 11.758 novos casos confirmados em sete dias. Desde então o padrão mudou, apontando uma redução de 38% nos números no começo de junho.
Os números são do mais recente boletim epidemiológico semanal da FVS-AM, que acompanha o desenvolvimento da Covid-19 em todo o Amazonas. De acordo com os registros do órgão, entre os dias 31 de maio e 6 de junho, na semana seguinte ao pico, foram 8.225 casos registrados. Em seguida, na segunda de junho, 7.241 novos infectados foram detectados.
Fonte: G1
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