Na região Centro-Oeste do Brasil, o estado de Goiás tinha poucos casos de Covid e um dos melhores índices de isolamento do país. Mas a situação mudou completamente.
O movimento de ambulâncias tem um destino: as UTIs que recebem pacientes com o novo coronavírus. Nos últimos dias, a ocupação de leitos para doentes graves atingiu níveis preocupantes. A taxa chegou a 95% em três hospitais que, juntos, têm cem vagas para pacientes com a Covid-19.
O problema é reflexo da explosão de casos no estado. Em dez dias, os registros mais que dobraram: foram de três mil para mais de sete mil. O aumento no número de infectados com a Covid-19 aconteceu depois de uma série de flexibilizações nas regras de isolamento social.
Algumas cidades reabriram totalmente comércio e serviços. Outras, optaram por escalonamento e, com mais gente nas ruas, nas lojas, nos ônibus, o número de casos de Covid disparou.
Em Rio Verde, um dos maiores polos agropecuários do país, 15 mil funcionários de sete fábricas e frigoríficos fizeram testes para diagnosticar a doença. Quase 1.600 deram positivo. A cidade fechou tudo de novo e antecipou feriados.
“Eu vejo esse aumento pela demanda de leitos em Goiânia e em Goiás com muita preocupação. Se continuarmos na trajetória que estamos, com esse baixo índice de isolamento, esse aumento tende a crescer em progressão geométrica. Vai se agravar seriamente a partir do final do mês”, avalia Thiago Rangel, pesquisador da UFG.
O governo de Goiás diz que também pode voltar atrás no relaxamento de medidas restritivas. "Porque é isso que vai controlar um pouco o aumento excessivo de casos; e isso não chegar a estressar de forma absurda o sistema de saúde”, afirma Sandro Rodrigues, superintendente de atenção à saúde de Goiás.
Fonte: G1
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