Pequim proibiu que pessoas de alto risco deixem a cidade e limitou o transporte público nesta terça-feira (16) para deter a disseminação da alta mais grave nos casos de coronavírus desde fevereiro, o que provocou o temor de uma segunda onda de infecções.
Passageiros que usam máscaras protetoras deixam uma aeronave da Sichuan Airlines no Aeroporto Internacional de Pequim, na China, nesta terça-feira (16) — Foto: Carlos Garcia Rawlins/ Reuters
A comissão de educação de Pequim determinou o fechamento das escolas da capital, em meio ao novo surto de coronavírus nesta cidade de 21 milhões de habitantes.
Em sua conta na rede social WeChat (o aplicativo de conversa mais popular na China), a comissão informou que todas as escolas vão retomar o ensino remoto a partir de quarta-feira. As universidades também devem suspender a volta dos alunos.
O polo financeiro de Xangai exigiu que alguns viajantes de Pequim passem duas semanas em quarentena, já que 27 casos novos de Covid-19 elevaram o surto atual da capital para 106 desde quinta-feira (11).
O coronavírus foi identificado pela primeira vez em um mercado de frutos do mar de Wuhan, capital da província chinesa central de Hubei, e se espalhou pelo mundo desde então, infectando mais de 8 milhões de pessoas e matando mais de 436 mil.
O novo surto em Pequim foi localizado no grande mercado atacadista de alimentos de Xinfadi, no sudoeste da cidade, onde milhares de toneladas de vegetais, frutas e carne trocam de mãos todos os dias.
Até segunda-feira, Pequim havia designado 22 bairros como áreas de risco médio, exigindo que eles sujeitem as pessoas ingressando a medições de temperatura e registros.
Os chamados grupos de alto risco de Pequim, incluindo pessoas que têm contato próximo com casos confirmados, não têm permissão de sair da cidade, noticiou a mídia estatal, citando autoridades municipais.
Todos os táxis e serviços de transporte com carro particular com destinos fora da capital foram suspensos, assim como algumas rotas de ônibus de longa distância entre Pequim e as províncias vizinhas de Hebei e Shandong.
Ao menos três serviços de traslado de ônibus de Hebei e outro da Mongólia Interior ao Aeroporto Capital de Pequim, polo de trânsito regional, foram suspensos. Os serviços de ônibus de Hebei a Daxing, o outro grande aeroporto de Pequim, foram reduzidos.
Alguns serviços de ônibus de longa distância de Pequim a Hebei também foram interrompidos. As rodovias que deixam a capital permaneceram abertas.
Preocupadas com os riscos de contágio, muitas províncias impuseram exigências de quarentena para visitantes vindos de Pequim. Nos últimos três dias, Hebei, Liaoning e Sichuan relataram casos novos ligados ao mercado atacadista da capital.
Ainda nesta terça-feira, Xangai começou a exigir que os viajantes de companhias áreas chinesas de risco médio a alto de Covid-19 se submetam a 14 dias de quarentena.
Embora não esteja em um isolamento como o de Wuhan, Pequim entrou em modo de "tempos de guerra" no nível distrital – bairros instituíram postos de verificação 24h, fecharam escolas e proibiram banquetes de casamento.
fonte: G1
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