O secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido, disse nessa quarta-feira (10) que a cidade de São Paulo pode recuar na abertura do comércio caso haja aumento significativo de internações e mortes por Covid-19.
As lojas do comércio de rua como Brás e 25 de março, na região central, registraram filas na porta na manhã desta quarta-feira (10). A reabertura acontece após mais de dois meses de fechamento em uma tentativa de conter o avanço da pandemia de coronavírus.
De acordo com Aparecido, os protocolos de reabertura foram estabelecidos em conjunto com as associações de representantes de imobiliárias, concessionárias, comércio e shoppings e a eles ficou a responsabilidade de autotutela de acompanhamento e fiscalização de que as medidas estabelecidas sejam cumpridas, como distanciamento, medição de temperatura, uso de máscara e álcool gel.
"Deixamos claro no momento de assinatura dos protocolos que qualquer reversão sob o ponto de vista da vigilância sanitária, nós vamos recuar. Neste momento, se houver consciência da parte de todos, a gente consegue ter uma flexibilização mais segura", declarou em entrevista à GloboNews na manhã desta quarta (10).
De acordo com Aparecido, São Paulo está em um "momento de estabilidade de internações e casos de Covid-19. A reabertura acontece um dia após o estado de São Paulo registrar recorde do número de mortos por Covid-19, com 334 mortes em 24 horas. O total de óbitos é 9.522 e o número de contaminados chega a 150 mil.
"Os protocolos que foram estabelecidos pela Prefeitura junto com os setores para a abertura vão levar em conta uma análise cotidiana de todas essas taxas, dos cenários, dos números e se nós tivermos uma reversão significativa no número de casos de internações e também de óbitos é óbvio, o prefeito já deixou claro isso, volta-se atrás. O importante é o que a gente acompanhe com muita precisão o que vai acontecer depois das medidas de flexibilização", afirmou.
Após reabertura, lojas de rua na cidade de SP registram filas na porta na região da Rua 25 de março nesta quarta-feira (10) — Foto: Divulgação
Resumo das liberações:
Comércio de rua e imobiliárias poderão abrir a partir desta quarta (10) pelo período de 4h e fora do horário de pico
Shoppings poderão reabrir a partir de quinta e terão que escolher entre duas opções de funcionamento 6h às 10h ou das 16h às 20h, com público limitado a 20%
Todos os estabelecimentos deverão seguir regras de higiene e segurança
Os protocolos com os setores serão assinados nesta terça (9) e quarta (10). Os estabelecimentos deverão seguir normas de higiene e segurança e respeitar os horários de funcionamento restritos estabelecidos pela gestão municipal.
Além de cuidados com saúde, como distanciamento social e uso de álcool gel, as lojas vão ter um limite de horário de funcionamento de quatro horas. O comerciante poderá escolher o horário de abertura, desde que seja fora do horário de pico.
Os shoppings vão reabrir a partir de quinta-feira (11) também com limite de funcionamento. Ou abrem de 6h às 10h ou das 16h às 20h. O horário da manhã é uma reivindicação dos shoppings populares. Os shoppings maiores devem funcionar no segundo horário.
Haverá limite também de pessoas. Nenhum deles poderá receber mais do que 20% da capacidade de público.
De acordo com a fase cada região pode liberar a abertura de diferentes setores da economia fechados pela quarentena.
A classificação de cada região leva em consideração uma série de critérios, entre eles, taxa de ocupação de UTIs e total de leitos a cada 100 mil habitantes.
De acordo com o governo, uma região só pode passar a um maior relaxamento após 14 dias. A reavaliação só ocorrerá em período menor caso haja informações relevantes que exijam, excepcionalmente, uma revisão.
Fonte: G1
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