O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira (15), em entrevista à Band News, que o ministro da Educação, Abraham Weintraub, "não foi muito prudente" ao comparecer neste domingo a um ato de apoio ao governo na Esplanada dos Ministérios em Brasília. Segundo Bolsonaro, o ministro estava representando a si próprio e não ao governo.
Weintraub participou do ato depois que, na noite anterior, um grupo de apoiadores do governo lançou fogos de artifício contra o prédio do Supremo Tribunal Federal. Políticos e autoridades reagiram. A Procuradoria Geral da República instaurou procedimento para apurar o ataque.
"Quanto à participação do ministro no dia seguinte num grupamento de pessoas, que não foram as pessoas que soltaram fogos para cima do Supremo Tribunal Federal, eu acho que ele não foi muito prudente ao participar dessa manifestação, apesar de nada de grave ele ter falado ali. Mas não foi um bom recado. Por quê? Ele não estava representando o governo, estava representando a si próprio", afirmou Bolsonaro.
Nesta segunda, Bolsonaro recebeu Weintraub em audiência no fim da tarde no Palácio do Planalto.
De acordo com o Blog de Andréia Sadi, a ala política do governo defende a demissão do ministro, que compartilha as críticas de bolsonaristas ao Supremo Tribunal Federal. Na reunião ministerial de 22 de abril, tornada pública por decisão do ministro Celso de Mello, do Supremo, Weintraub atacou o tribunal. Na ocasião, disse que, por ele, "botava esses vagabundos todos na cadeia, começando no STF".
Bolsonaro afirmou na entrevista que estava "tentando solucionar" a situação do ministro.
"Como tudo o que acontece cai no meu colo, mais um problema. Estamos tentando solucionar com o senhor Abraham Weintraub", declarou.
Segundo o blog de Andréia Sadi, a expectativa no STF é a da demissão de Weintraub antes da posse, na próxima quarta-feira (17), do deputado Fabio Faria (PSD-RN) como ministro das Comunicações. Autoridades que devem comparecer à posse consideram “um constrangimento” participar de uma cerimônia do governo federal enquanto Weintraub seguir no comando da Educação, apesar dos ataques aos demais poderes.
Fonte: G1
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