O presidente Jair Bolsonaro usou neste domingo, 24, um helicóptero para sobrevoar a região central de Brasília e observar a manifestação pró-governo que ocorreu na Esplanada dos Ministérios. Durante o voo, ele postou um vídeo nas suas redes sociais para mostrar cenas do ato e escreveu: "Brasília agora. Ordem e Progresso". As imagens aéreas feitas e postadas pelo próprio presidente mostram que a manifestação estava esvaziada na Praça dos Três Poderes.
Depois de três voltas pela região, o helicóptero pousou na área da Vice-Presidência e Bolsonaro seguiu a pé até a pista em frente ao Palácio do Planalto, cumprimentando apoiadores que o aguardavam. Apesar de ser obrigatório o uso de máscara em Brasília em razão da pandemia da covid-19, o presidente não usou o equipamento de proteção e chegou a se aproximar bastante dos manifestantes.
A participação do presidente nesses protestos de apoio ao seu governo tem sido frequente nos últimos finais de semana, contrariando as recomendações do Ministério da Saúde e da Organização Mundial de Saúde (OMS) de se evitar aglomerações durante a pandemia do novo coronavírus. As medidas vêm sendo seguidas por autoridades em todo o mundo.
Acompanhado do ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, e do deputado Hélio Lopes (PSL-RJ) durante todo o trajeto, Bolsonaro deu seis voltas em frente à grade de proteção que separava os apoiadores da pista em frente ao Planalto.
Também estavam presentes no ato de hoje o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, as deputadas Bia Kicis (PSL-DF) e Carla Zambelli (PSL-SP).
Antes de participar da manifestação, o presidente divulgou em rede social um trecho da lei de abuso de autoridade a respeito de divulgação total ou parcial de gravações.
A publicação do presidente ocorre dois dias depois de o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), levantar o sigilo do vídeo da reunião ministerial que o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro usa como prova de que o presidente teria tentado interferir na Polícia Federal.
Nesse sábado, 23, o Estadão mostrou que as mensagens trocadas entre Bolsonaro e Moro evidenciam que o presidente falava da Polícia Federal, e não da sua segurança pessoal, como tem alegado. O presidente decidiu que o então diretor-geral da PF, Maurício Valeixo, seria demitido, sem dar ao ministro qualquer alternativa. “Moro, Valeixo sai esta semana”, escreveu o presidente. “Está decidido”, continuou ele, em outra mensagem enviada na sequência. “Você pode dizer apenas a forma. A pedido ou ex oficio” (sic).
Fonte: Estadão
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