A Polícia Civil apreendeu mais de 2,7 mil frascos de 500 ml de álcool em gel fabricado irregularmente no Rio Grande do Norte, na manhã desta quinta-feira (16), segundo informou a corporação. O material estava em uma pousada em Parnamirim, na Grande Natal, de onde era distribuído. No local, também foram encontrados vasilhames de cinco litros.
Caixas com frascos de álcool em gel fabricado irregularmente foram apreendidas na manhã desta quinta-feira (16) na Grande Natal. — Foto: Geraldo Jerônimo/Inter TV Cabugi
De acordo com o delegado Stênio Pimentel, a fábrica irregular foi encontrada na tarde desta quarta-feira (15) no município de Lagoa de Pedras, mas não foi fechada pela polícia porque já estava sem operação. "O dono da empresa será investigado por crime contra o consumidor e contra a saúde", afirmou.
De acordo com o delegado, as investigações começaram após denúncias recebidas por um grupo formado por vários órgãos, como Ministério Público, a própria Polícia Civil, OAB, entre outros. A informação apontava venda do produto irregular em mercadinhos de Natal e região.
Ainda de acordo com a Polícia Civil, quando os agentes procuraram a empresa nos endereços informados no rótulo do produto e no próprio site dela, encontraram imóveis fechados: um galpão abandonado há mais de seis anos São José de Mipibu e um escritório em um posto de gasolina, fechado há mais de quatro anos.
Fábrica onde empresa produzia álcool em gel irregular, em Lagoa de Pedras, no RN — Foto: Polícia Civil/Divulgação
A partir da intimação e dos depoimentos do dono de um mercadinho que estava vendendo o produto bem como do fornecedor dele, a Polícia Civil foi a Lagoa de Pedras, mas encontrou no local indicado uma fábrica regular, que pertencia a outra empresa.
Porém, fazendo diligências com base em outras informações, achou os mais de 2,7 mil frascos em uma pousada de Parnamirim que estaria comercializando o produto. O local foi lacrado até a manhã desta quinta-feira (15), quando houve a apreensão. Com base em novas informações, os policiais acabaram encontrando a verdadeira fábrica, clandestina, em Lagoa de Pedras.
Álcool ou outro produto?
Conforme os investigadores, os frascos serão periciados pelo Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep) para a polícia saber se o conteúdo realmente é álcool em gel. De acordo com o delegado, as informações iniciais são de que o proprietário da fábrica clandestina é um químico, portanto, ele considera a possibilidade de que realmente o produto oferecido seja álcool.
Ainda assim, o homem poderá responder por crimes contra o consumidor, por não disponibilizar serviço de assistência (SAC), informar endereços errados e ainda fabricar o produto sem as devidas autorizações.
Fonte: G1
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