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quinta-feira, março 12, 2020

STF identifica 12 perfis que disseminam ofensas e ameaças padronizadas contra ministros

Resultado de imagem para STF identifica 12 perfis que disseminam ofensas e ameaças padronizadas contra ministrosTécnicos do Supremo Tribunal Federal (STF) que atuam no inquérito aberto para apurar ameaças e ofensas a ministros da Corte identificaram 12 perfis em redes sociais que atuam na disseminação de informações de forma padronizada contra ministros do tribunal.

Isso significa, por exemplo, que esses perfis encaminham o mesmo tipo de mensagem, da mesma forma, na mesma periodicidade. Agora, os técnicos cruzam informações para tentar localizar financiadores desses perfis.

De acordo com reportagem de "O Estado de S. Paulo" publicada nesta terça-feira, empresários que apoiam o governo do presidente Jair Bolsonaro financiam ataques ao STF.

A TV Globo apurou que os dados estão sendo analisados e que entre os suspeitos de financiar as ofensas há, sim, apoiadores do presidente, mas também outros empresários.

Os nomes dos 12 perfis identificados e dos empresários envolvidos foram obtidos após laudo técnico. As informações estão sob sigilo, assim como todo o inquérito que apura ofensas contra os ministros.

A investigação foi instaurada "de ofício" em março de 2019, diretamente pelo Supremo, sem pedido do Ministério Público ou da Polícia Federal e sem escolha por sorteio do relator – o presidente do STF, Dias Toffoli, decidiu designar para a função o ministro Alexandre de Moraes.


As medidas geraram críticas no Ministério Público Federal e no meio jurídico – dez ações foram apresentadas ao Supremo contra o inquérito e aguardam julgamento.

Um dos pontos questionados é que os suspeitos não têm foro no Supremo, mas sim as vítimas, que são os ministros.

O Supremo, por sua vez, diz que o regimento da Corte permite a abertura de investigações para apurar crimes cometidos dentro da instituição – no caso, os ministros são a instituição em qualquer lugar que estejam, segundo interpretação do STF.

O inquérito está em andamento há um ano e ainda não tem previsão de conclusão. Trechos já finalizados de investigações foram enviados para o Ministério Público dar prosseguimento. Outros trechos seguem em apuração.

fonte: G1

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