Profissionais que atuam no programa ProJovem Urbano, dando aulas a jovens dentro e fora de presídios do Rio Grande do Norte, estão sem receber salários desde o início de 2020, segundo relataram ao G1. A informação foi confirmada pela Secretaria de Educação do Estado, que afirmou que o dinheiro está em caixa, mas estava retido por causa da abertura do orçamento anual. A previsão é de que o pagamento seja liberado nos próximos dias.
Uma professora relatou as dificuldades enfrentadas pela falta de pagamento. De acordo com ela, até o ano passado, quando um atraso acontecia, familiares conseguiam ajudá-la, mas esse ano ela não pôde contar com esse auxílio. Ainda de acordo com ela, os profissionais já procuraram o governo, mas são enviados de uma secretaria para a outra para tentar resolver a situação, sem conseguir ser atendidos.
Ao todo, de acordo com a Secretaria de Educação, 13 profissionais contratado pelo estado atuam no projeto, dando aulas em penitenciárias estaduais e em turmas nos municípios de Nísia Floresta e São Gonçalo do Amarante.
"Sobre o Projovem, o dinheiro para pagamento está assegurado. O que atrasou o pagamento foi a abertura do ano fiscal, que aconteceu no começo do mês (março). Somente com ele aberto é possível dar prosseguimento ao processo para pagamento. A expectativa é que nos próximos dias ele seja concluído", afirmou a pasta.
O programa federal atende jovens de 18 a 29 anos, que saibam ler e escrever e queiram terminar o Ensino Fundamental II. As aulas são divididas em módulos de 3 meses, totalizando 18 meses. Na Penitenciária de Alcaçuz, em Nísia Floresta, o projeto funciona desde 2013.
As aulas atualmente estão suspensas por causa da decretação de pandemia, por parte da Organização Mundial de Saúde (OMS) do coronavírus Covid-19.
Fonte: G1
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