Responsável pela articulação política, o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, procurou a cúpula do Congresso para discutir o acordo dos vetos ao orçamento impositivo.
No ano passado, o Congresso aprovou uma proposta de emenda à Constituição que ampliou o poder dos parlamentares – e reduziu o do governo – de decidir onde investir os recursos públicos federais e fazer remanejamentos.
Está prevista para terça-feira (3) a sessão do Congresso que discutirá os vetos do Planalto a trechos da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2020, entre eles o que trata do orçamento impositivo.
O governo teme que o acordo feito antes de polêmicas geradas pelo governo possa ser rompido e seja mantida a medida que amplia os poderes dos congressistas.
Entre as polêmicas, estão a declaração do ministro Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) em que reclama de "chantagem" de parlamentares e o compartilhamento em rede social pelo presidente Jair Bolsonaro de vídeo com chamado para manifestações.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, foi chamado para uma reunião com a equipe econômica e integrantes do Planalto. Porém, Maia ainda está fora do país e só retorna na tarde desta segunda ao Brasil.
A interlocutores de Bolsonaro, Maia tem repetido que manterá acordo. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, também ficou de se reunir pessoalmente com governistas.
O ministro Ramos e o titular da Economia, Paulo Guedes, têm atuado para reconstruir as pontes com o Legislativo, visando a manutenção da agenda econômica – principalmente, de olho nas reformas tributária e administrativa.
Auxiliares do presidente Bolsonaro aguardavam para a manhã desta segunda-feira um encontro com Alcolumbre, o que não ocorreu.
Davi frustou palacianos, que, agora, contam com o senador para uma reunião às 14h, na presença de Paulo Guedes.
No Planalto, por ora, a informação é a de que não há garantias de que o acordo firmado anteriormente será mantido. Para reverter o cenário, o ministro Ramos e o líder do governo no Congresso, Eduardo Gomes (MDB-TO), aguardam a resposta do presidente do Senado após a reunião desta tarde.
Fonte: G1
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