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quinta-feira, março 12, 2020

Membros da comitiva que viajou com Bolsonaro para os EUA fazem teste do novo coronavírus

O presidente Jair Bolsonaro e família, políticos e membros do governo que viajaram para os Estados Unidos na semana passada fizeram exames nesta quinta-feira (12) para identificar se contraíram o novo coronavírus.

A testagem de toda a comitiva foi decidida porque o secretário de Comunicação da Presidência, Fábio Wajngarten, contraiu o virus e está em isolamento domiciliar. Ele fez o exame em São Paulo, e o resultado da contraprova, que confirmou a infecção, foi divulgado nesta quinta.

O presidente Jair Bolsonaro, a primeira-dama Michelle e o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) fizeram o teste no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República.

“Neste momento me encaminho para fazer o teste, porém sem sintomas da doença”, escreveu em uma rede social Eduardo Bolsonaro, filho do presidente. O deputado também disse na mesma rede social que o pai aguarda o resultado do exame, mas não tem sintomas da doença.

No início da tarde, ministros fizeram o teste no Hospital das Forças Armadas (HFA), em Brasília, ou nas próprias residências.

O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, confirmou à TV Globo que passou pelo exame, e que os resultados devem sair nesta sexta (13).

Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), fez o teste no Palácio do Planalto. Segundo a assessoria, uma equipe do HFA esteve no palácio para coletar a amostra.

O Ministério das Relações Exteriores informou em rede social que o ministro Ernesto Araújo cancelou o restante da sua agenda em Washington e retornará nesta quinta-feira a Brasília, "onde fará teste para o vírus e seguirá todos os procedimentos sanitários”.

Araújo não retornou ao Brasil com a comitiva. Permaneceu nos EUA para uma série de reuniões. O Itamaraty não informou se esses compromissos serão remarcados.

Em nota, o governo do Paraná informou que o governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD), que também viajou com a comitiva presidencial, decidiu realizar espontaneamente testes preventivos”.

“A mesma medida foi adotada pelo diretor-presidente da Invest Paraná (Agência Paraná de Desenvolvimento), Eduardo Bekin, que também esteve na viagem aos Estados Unidos”, diz o comunicado. Nenhum dos dois apresentou sintomas.

O senador Nelsinho Trad (PSD-MS), outro integrante da comitiva, voltou ao Brasil na terça (10) e fez os exames na manhã desta quinta. Segundo a assessoria, ele “vem cumprindo todos os protocolos do Ministério da Saúde” e não apresentou sintomas do Covid-19.

Fabio Wajngarten (na direita) em foto com Donald Trump na visita que Bolsonaro e sua comitiva fizeram à Flórida no último fim de semana — Foto: Redes Sociais
Fabio Wajngarten (na direita) em foto com Donald Trump na visita que Bolsonaro e sua comitiva fizeram à Flórida no último fim de semana — Foto: Redes Sociais

Fabio Wajngarten participou da comitiva e de reuniões reservadas com os presidentes Jair Bolsonaro e Donald Trump. Imagens feitas durante a viagem mostram que o secretário chegou a apertar a mão dos dois chefes de Estado. Questionado sobre o caso nesta quinta, Trump disse “não estar preocupado”.

Na véspera da viagem presidencial, o Palácio do Planalto divulgou uma lista com 22 membros da comitiva. Alguns não viajaram na mesma aeronave de Jair Bolsonaro, mas participaram de reuniões oficiais com o presidente e Wajngarten.

Além das autoridades, o Planalto informou que “demais integrantes técnicos” – tripulação, assessores e subsecretários dos ministérios, por exemplo – também participaram da viagem. O governo não informou se eles serão submetidos aos exames.

Maia em casa até domingo
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), decidiu permanecer na residência oficial até o próximo domingo (15). No último dia 2, ele retornou de uma viagem à França e à Espanha, dois países europeus com grande quantidade de doentes.

Nesta quarta-feira (11), Maia e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), expediram atos administrativos que impõem restrição ao acesso de pessoas ao Congresso.

Uma das medidas previstas no ato da Câmara é o afastamento durante 14 dias (período de incubação do vírus) de parlamentares ou servidores que viajaram para países com casos confirmados da doença.

fonte: G1

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