terça-feira, março 10, 2020

Dona de farmácia é presa por tentar vender remédio 'anticoronavírus' na PB

Uma mulher, proprietária de uma farmácia de manipulação em João Pessoa (PB), foi presa em flagrante na tarde de hoje após denúncias apontarem que o estabelecimento estava anunciando a comercialização de um medicamento que prometia prevenir o coronavírus. Após a propaganda ser publicada em um perfil do estabelecimento no Instagram, o local foi interditado após passar por vistoria do Programa de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério Público (MP-Procon), das Vigilâncias Sanitárias do Estado (Agevisa), da Polícia Civil e da Receita Estadual.

Proprietária de farmácia em João Pessoa foi presa após anunciar venda de medicamento "anticoronavírus" - Divulgação/Ministério Público
Proprietária de farmácia em João Pessoa foi presa após anunciar venda de medicamento "anticoronavírus"
Imagem: Divulgação/Ministério Público

"A melhor solução para o tão temido coronavírus é se prevenir aumentando sua imunidade. Por isso, trouxemos para vocês um poderoso complexo para dá aquele UP na sua imunidade e não deixar esses vírus nem passar perto de você", prometia o anúncio feito pela farmácia.

Fármacia em João Pessoa anunciou remédio "anticoronavírus" em seu perfil no Instagram - Divulgação/Ministério Público
Fármacia em João Pessoa anunciou remédio "anticoronavírus" em seu perfil no Instagram Imagem: Divulgação/Ministério Público

A propaganda ainda mostrava os compostos do medicamento, dentre os quais estão extrato de semente de uva, vitamina A e resveratrol. Segundo o Ministério Público, não foram encontrados frascos do medicamento, que estava sendo vendido pela internet. O órgão não informou quantas pessoas teriam comprado o medicamento.

A dona da farmácia, que também é perita da Polícia Civil, foi presa em flagrante. Já o estabelecimento foi interditado porque a licença sanitária estava vencida. Durante a operação, as autoridades também identificaram várias substâncias com prazo de validade expirado. Ainda de acordo com o Ministério Público, a farmácia utilizava matéria-prima vencida para fazer as fórmulas.

A dona do estabelecimento alegou aos policiais que tudo não passou de um mal-entendido e que a postagem que anunciava o produto teria sido feita erroneamente por uma empresa de marketing contratada para fazer a propaganda do estabelecimento. A reportagem tentou entrar em contato com a acusada por três números de telefone vinculados à farmácia, mas as ligações não foram atendidas.

Segundo as autoridades em saúde, ainda não existem medicamentos capazes de combater ou evitar o coronavírus. Até esta segunda-feira, a Paraíba contabiliza quatro casos suspeitos de coronavírus.

Fonte: uol

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