A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou nesta quarta-feira (11) que há uma pandemia de Covid-19. É a primeira vez que uma pandemia é causada por um coronavírus, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS.
Diretor-geral da OMS declara pandemia por coronavírus — Foto: Fabrice Coffrini/AFP
De acordo com a agência de saúde da ONU, o número de casos, mortes e países afetados deve subir nos próximos dias e semanas. Nas últimas duas semanas, o número de casos fora da China aumentou 13 vezes e o número de países afetados triplicou.
O balanço mais recente do órgão mostra que há mais de 118 mil casos em 114 países e 4.291 pessoas morreram.
Destaques desta quarta-feira às 13h45:
A OMS declarou pandemia do novo coronavírus
O Brasil confirmou 37 casos, 876 suspeitos e 1.042 mil casos descartados
USP suspende aulas do curso de Geografia, na FFLCH, após aluno comunicar que tem coronavírus
Governo da Itália não descarta adoção de medidas mais restritivas por causa do coronavírus; o país registrou um total de 827 mortes pelo vírus, sendo 196 nas últimas 24 horas
O Banco da Inglaterra reduziu a taxa de juros para conter perdas pelo coronavírus
O governo italiano vai destinar 25 bilhões de euros para combater a epidemia
Os estados Unidos confirmaram 29 mortes até esta quarta, segundo o Centro de Controle e Prevenção
Um encontro do G20 foi adiado como medida de proteção
Levantamento de universidade norte-americana diz que há 118 mil casos no mundo
Até o momento, há 4.291 mortes registradas, a maior parte na China
A Bulgária registrou a primeira morte por Covid-19. Há pelo menos 6 casos confirmados no país
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), anunciaram a adoção de medidas para restrição do número de pessoas que circulam no Congresso a partir da próxima semana.
Governador do Rio de janeiro publica decreto sobre medidas emergenciais contra coronavírus.
Restrições na Itália
Funcionário municipal pulveriza desinfetante em áreas públicas na Praça de São Marcos, em Veneza, nesta quarta-feira (11) — Foto: Marco Sabadin / AFP
O premiê italiano, Giuseppe Conte, não descarta a adoção de medidas mais restritivas para combater a expansão do coronavírus no país, mas está atento para não se deixar influenciar por "questões emocionais".
Na terça (10), o governo ampliou a quarentena que já tinha sido colocada em prática na região da Lombardia, epicentro do contágio no norte da Itália. As ruas e os pontos turísticos do país ficaram vazios.
A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, disse em uma conferência sobre o novo coronavírus que autoridades de saúde do país acreditam que entre 60%-70% da população alemã poderá ser infectada pelo Sars-Cov-2 em algum momento.
"Estamos em uma situação em que não sabemos muitas coisas, e o que não sabemos, precisamos levar a sério", disse Merkel.
Um jogador de futebol do Hannover, Timo Hübers, foi infectado e está em quarentena. Em todo o mundo, metade dos países com coronavírus registrou o 1º caso nos últimos 10 dias.
Em toda a Europa, há 20 mil pessoas infectadas e 930 mortes por coronavírus, segundo um levantamento feito pela France Press.
Países com restrições
Painel de voos do aeroporto internacional de Madri-Barajas nesta quarta-feira (11) mostra voo para Roma cancelado. — Foto: Bernat Armangue/AP
Na Espanha, a região da Catalunha proibiu eventos com mais de 1 mil pessoas. A determinação também prevê que partidas esportivas, como as celebradas no Camp Nou, sejam jogadas sem a presença de torcedores.
Na Polônia, o primeiro-ministro, Mateusz Morawiecki, anunciou o fechamento das escolas a partir desta quinta-feira (12) para conter o avanço do novo coronavírus. O país tem 26 casos do vírus confirmados, mas nenhuma morte. Universidades, cinemas, teatros e museus também deverão ser fechados.
Ainda na Europa, a Hungria anunciou medidas de restrições a viajantes que vem da Itália, Coreia do Sul, Irã, e China. Além disso, o país deve fechar universidades e banir reuniões públicas.
Na América do Sul, a Argentina impôs medidas de isolamento obrigatório para viajantes de países onde há casos de circulação do vírus: China, Itália, França, Alemanha, Espanha, Estados Unidos, Coreia do Sul, Japão e Irã. O país também cancelou alguns eventos esportivos internacionais, como o Campeonato Sul-Americano de Natação. No Peru, todos os viajantes vindos da China, Espanha, França e Itália deverão ficar em quarentena domiciliar por 14 dias.
A Guatemala informou que vai banir a entrada de pessoas vindas da Europa no país.
A E3 2020, maior feira de games do mundo, foi cancelada por conta de medidas contra o coronavírus. A Electronic Entertainment Expo. Também prevista para acontecer nos EUA, a reunião de ministros das Relações Exteriores do G7 será realizada por videoconferência, segundo a Reuters.
A Arábia Saudita anunciou o fechamento de todos os cinemas do país por tempo indeterminado.
A Índia suspendeu a emissão de vistos para pessoas vindas da França, Espanha e Alemanha. Já estava em vigor o cancelamento do visto para pessoas vindas da China, Itália, Irã, Japão e Coreia do Sul.
Medidas econômicas
Uma mulher com uma máscara protetora é vista saindo do metrô de Londres, no Reino Unido, nesta quarta (4). A feira do livro da cidade foi cancelada por causa do Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. — Foto: Matt Dunham/AP
O governo do Reino Unido anunciou que vai aportar 30 bilhões de libras (cerca de R$ 180 bilhões) para combater os efeitos da epidemia de coronavírus. O Banco da Inglaterra (BoE, da sigla em inglês) anunciou que vai reduzir taxa de juros em 0,5 ponto percentual, com redução de 0,75% para 0,25%. A medida surpreendeu o mercado e foi tomada como forma de conter os prejuízos causados pelo novo coronavírus na economia.
No país, a subsecretária de Saúde, Nadine Dorries, de 62 anos, foi diagnosticada com Covid-19. Em comunicado, Dorries disse que está isolada e que autoridades buscam pessoas com as quais ela teve contato, como exigido pelo protocolo de saúde. O gabinete onde a parlamentar trabalha foi fechado.
Já na Itália, o governo anunciou uma ajuda de 25 bilhões de euros (o equivalente a US$ 28,3 bilhões) para lutar contra a epidemia do novo coronavírus, que já deixou mais de 600 mortos no país. Deste valor, metade será destinado ao atendimento urgente e o restante será utilizado em uma fase posterior.
A Covid-19 também levou o G20 a adiar o encontro de ministros de Agricultura e Água do grupo, que estava marcado para ocorrer entre os dias 17 e 19 na Arábia Saudita. A informação foi transmitida por e-mail da organização, segundo a agência de notícias Reuters.
Fonte: G1
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