O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou nesta quinta-feira (6) que o chefe da organização terrorista Al-Qaeda no Iêmen, Qassim al-Rimi, morreu em um ataque ordenado pela Casa Branca.
O presidente dos EUA, Donald Trump, chega ao Congresso para o discurso de Estado da União, na terça-feira (4) — Foto: Reuters/Tom Brenner
Trump não deu detalhes, mas a imprensa norte-americana diz que a ofensiva ocorreu na semana passada por meio de drones — semelhante à ação que matou o general iraniano Qassem Soleimani, em janeiro. Uma outra liderança da al-Qaeda, que não teve o nome revelado, também morreu na operação.
Foto de 2017 mostra grafite com bandeira da Al-Qaeda em muro de escola convertida em centro religioso no Iêmen — Foto: Arquivo/AP Photo
Em comunicado, Trump diz que al-Rimi se alistou à Al-Qaeda na década de 1990, e atuou ao lado do terrorista Osama bin Laden. "Com Rimi, a Al-Qaeda cometeu violência imoral contra civis no Iêmen e procurou conduzir e inspirar vários ataques contra os Estados Unidos e nossas forças", diz o comunicado.
"Os Estados Unidos, nossos interesses e nossos aliados estão mais seguros como resultado dessa morte", conclui Trump.
O braço da Al-Qaeda liderado por al-Rimi reivindicou autoria do atentado a tiros a uma base militar na Flórida no fim do ano passado. Na ocasião, um piloto saudita que treinava no local abriu fogo em uma sala de aula e matou três militares norte-americanos, antes de ser morto pelas forças de segurança.
Em um vídeo de 18 minutos, o terrorista elogiou o assassino saudita, a quem chamou de "bravo cavaleiro" e "herói".
Quem era al-Rimi?
De acordo com o jornal britânico "The Guardian", os Estados Unidos monitoravam al-Rimi como um possível sucessor de Ayman al-Zawahiri — chefe das operações estratégicas da organização terrorista.
O jornal relata que al-Rimi e outros integrantes da Al-Qaeda na Península Arábica escaparam de uma prisão iemenita em 2006 e iniciaram ataques a dutos de óleo e gás na região rica em petróleo. Em 2015, ele assumiu a liderança do grupo após um ataque com drones deixar morto o então chefe da facção local, Nasir al-Wuhayshi.
Fonte: G1
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