A Polícia Civil faz nova perícia na fábrica da Backer no bairro Olhos D'Água, na Região Oeste de Belo Horizonte, nesta quinta-feira (27). Duas equipes estão no local desde as 10h da manhã. De acordo com a Backer, peritos do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) também estiveram no local.
Vista aérea da fábrica da Backer, em BH — Foto: Globocop
Os tanques 10 e 17 (onde foram detectados vestígios de dietilenoglicol) foram alvo da inspeção. Um teste de produção será feito para verificar se há vazamento. De acordo com a Polícia, o tanque 10 será esvaziado nesta quinta-feira e nesta sexta-feira será realizado um simulado do processo de produção. A ação deve durar até este sábado.
Porém, segundo a Backer, a operação não poderia ser realizada, "uma vez que o MAPA não disponibilizou o resultado dos laudos quantitativos do agente químico causador da contaminação. Assim, faz-se importante a preservação das provas até a conclusão da análise. Além disso, a ausência do laudo também impede que a destinação do resíduo seja feita dentro dos padrões exigidos pela empresa responsável".
A Polícia Civil investiga 34 casos que podem estar ligados ao consumo de cervejas da Backer contaminadas com dietilenoglicol, seis pessoas morreram. A fábrica em Belo Horizonte foi interditada pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) que também determinou recall de cervejas.
Ainda em nota, a Backer disse que "reafirma seu interesse em elucidar os fatos o mais breve possível e sua disponibilidade em colaborar com os trâmites necessários. A empresa manterá a sociedade informada a respeito".
Lotes
De acordo com o Mapa, 53 lotes estão contaminados, segundo análises feitas pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA/MG), vinculado ao ministério.
Os 12 rótulos são:
Belorizontina
Backer Pilsen
Backer Trigo
Brown
Backer D2
Capixaba
Capitão Senra
Corleone
Fargo 46
Layback D2
Pele Vermelha
Três Lobos Pilsen
Bloqueio judicial
No dia 19 de fevereiro, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) determinou que a empresa Três Lobos custeasse os tratamentos de saúde de vítimas.
No dia 12 de fevereiro, a Justiça havia determinado o bloqueio de bens da Backer para reparação de danos aos consumidores atingidos. O valor pode chegar à quantia máxima de R$ 100 milhões de reais, divididos entre valores, veículos e imóveis.
Fonte: G1
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