quinta-feira, fevereiro 27, 2020

Para não sofrer derrotas no Congresso, governo precisa fazer acenos de paz ao Legislativo

Resultado de imagem para Para não sofrer derrotas no Congresso, governo precisa fazer acenos de paz ao LegislativoEm vez de alimentar a crise política, o governo de Jair Bolsonaro deveria trabalhar pela conciliação pois, passado o feriado de Carnaval, tem duas missões pela frente.

A primeira é evitar a convocação do ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, para que ele explicar o que quis dizer com a acusação de que o Congresso estava chantageando o Palácio do Planalto.

Antes do Carnaval, o clima era de aprovação de um requerimento de convocação no plenário do Senado.

Depois, ao invés de a temperatura da tensão política esfriar, ela aumentou, o que elevou o risco de derrota. Por isso, o governo vai procurar o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, para tentar um acordo que evite a ida do ministro do GSI ao Congresso Nacional.

O receio é que se Augusto Heleno for convocado o clima entre Palácio do Planalto e Congresso fique ainda mais tenso.

A segunda missão é garantir o cumprimento do acordo para votação dos vetos presidenciais.

Pelo entendimento firmado antes da crise política se agravar, o acerto era que um dos vetos iria ser derrubado, garantindo aos parlamentares preferência na escolha de quais emendas serão liberadas. Em troca, o Congresso devolveria para o governo R$ 15 bilhões dos R$ 30 bilhões destinados para emendas de relator e de comissões aprovados no ano passado.


Hoje, na avaliação de líderes, o governo correria risco de ser derrotado nas duas votações.

Mas, interlocutores do presidente Bolsonaro negociam nos bastidores um entendimento para que a paz volte a reinar entre os dois lados. Assessores presidenciais avaliam que Alcolumbre e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, já emitiram sinais de que trabalharão pela conciliação em prol da aprovação das reformas estruturais.

“Confiamos que, na próxima semana, quando o Congresso retoma suas sessões, o clima será outro, ninguém vai trabalhar para um clima que só tende a piorar a nossa economia, todos estão apreensivos com o atual momento e sabem que precisam contribuir para um entendimento em nome do país”, disse o líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO).

Fonte: G1

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