quinta-feira, fevereiro 13, 2020

Investigada, Backer segue sem operação e demite 150 pessoas

A Cervejaria Backer informou, nesta quinta-feira (13), que demitiu 150 pessoas. Segundo a empresa, entre elas estão funcionários diretos e prestadores de serviços terceirizados.

Vista aérea da fábrica da Backer, em BH — Foto: Globocop
Vista aérea da fábrica da Backer, em BH — Foto: Globocop

A Polícia Civil investiga 34 casos de intoxicação que podem estar ligados ao consumo de cervejas da Backer. Seis pessoas morreram.

A substância tóxica dietilenoglicol foi encontrada pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) em cervejas da marca, em tanques e na água da fábrica em Belo Horizonte, que está interditada. A Backer sempre negou usar o dietilenoglicol no processo de fabricação, mas afirma usar o monoetilenoglicol.

Até o início das investigação, a Backer tinha cerca de 650 funcionários diretos e indiretos. Por causa da interdição da fábrica por parte do Ministério da Agricultura, todos foram mandados para casa. Não há previsão de retomada dos trabalhos.

Ministério aponta novos lotes de Belorizontina, da Backer, contaminados — Foto: Danilo Girundi/TV Globo
Ministério aponta novos lotes de Belorizontina, da Backer, contaminados — Foto: Danilo Girundi/TV Globo

Pioneira da cerveja artesanal em MG
A Backer foi fundada pelos irmãos Lebbos em 1999 e é uma das pioneiras do mercado de cerveja artesanal em Minas Gerais. O setor cresceu desde a fundação da empresa. Hoje, 78 microcervejarias são filiadas ao SindiBebidas.

A Backer começou com produção de chopp, que era vendido na boate e casa de shows Três Lobos, localizada na Avenida Raja Gabaglia, na Região Centro-Sul da capital mineira. Em 2005 a fábrica de cervejas artesanais foi inaugurada.

“Em 2018, fizemos vários investimentos em planta física, equipamentos e contratações, com intuito de dobrar a nossa produção. Passamos sim dificuldades com a retração do mercado, aumento do dólar, crise na indústria do vidro e aumento do nosso principal insumo, o malte, no começo de 2019, mas já estamos vendo melhora e aquecimento em nosso setor”, disse na época a diretora de marketing da empresa, Paula Lebbos.

Além de cervejas, a Backer começou a produzir gin e uísque.

Fonte: G1

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