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sexta-feira, fevereiro 28, 2020

Governo federal estuda prorrogar presença das Forças Armadas no Ceará, mas por prazo curto

Resultado de imagem para Governo federal estuda prorrogar presença das Forças Armadas no Ceará, mas por prazo curtoO governo Jair Bolsonaro deve renovar, por um prazo curto, o decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) que autorizou o envio de tropas das Forças Armadas para reforçar a segurança no Ceará.

O decreto assinado no último dia 10 prevê que as tropas fiquem no Ceará até esta sexta-feira (28). Na quarta, o governador Camilo Santana (PT) encaminhou ao governo federal um pedido de prorrogação.

Segundo articuladores do Palácio do Planalto, chegou-se a cogitar uma extensão da GLO por 30 dias. O governo federal avaliou, no entanto, que um prazo tão extenso poderia até atrapalhar as negociações no estado.

A previsão atual é que os 2,5 mil militares das Forças Armadas sigam no Ceará por mais uma semana. O martelo deve ser batido até esta sexta, prazo limite para a publicação do novo decreto.

A existência de uma operação de Garantia da Lei e da Ordem gera incômodo no governo, já que o instrumento é previsto apenas para casos de necessidade máxima. O Planalto avalia que a situação no Ceará chegou a este patamar, mas diz que, agora, é preciso concluir as negociações o quanto antes.

Integrantes do governo se reuniram com o presidente Jair Bolsonaro na manhã desta quinta, no Ministério da Defesa, por quase duas horas para falar sobre o tema. O governo teme que a demora gere um "efeito-cascata" nas corporações de outros estados.


10 dias de motim
Até o fim da tarde desta quinta, o governo do Ceará ainda não tinha chegado a um acordo com os representantes do grupo de policiais militares em motim. Três batalhões da PM e uma base policial seguiam fechados.

O grupo reivindica um aumento salarial superior ao que foi proposto pelo governo do Ceará. Durante a paralisação ilegal, 43 policiais militares foram presos por deserção – crime militar para quem abandona o posto de trabalho.

Eles passaram por uma audiência de custódia na manhã desta quinta, mas até as 19h a Justiça do Ceará ainda não tinha divulgado se os militares seriam soltos ou não.

Desde o início do movimento, o estado registrou 195 homicídios. O número representa um aumento de 57% em relação aos casos registrados durante a última paralisação de PMs no Ceará, em 2012.

Fonte: G1

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