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quinta-feira, fevereiro 06, 2020

Canuto assume Dataprev, e Marinho é o novo ministro do Desenvolvimento Regional

O presidente Jair Bolsonaro exonerou, nesta quinta-feira (6), o ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto. Segundo o decreto, a saída ocorre a pedido de Canuto.

O cargo será ocupado por Rogério Marinho, que atuava como secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia. A troca foi publicada em edição extra do "Diário Oficial da União".

No fim da tarde, o porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, anunciou que Canuto passará a presidir a Dataprev, estatal responsável pelo processamento de dados das aposentadorias. Na estatal, terá a missão de ajudar a reduzir as filas de pedidos de benefício no Instituto Nacional de Seguro Social (INSS).

No lugar de Rogério Marinho na Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, segundo informou a assessoria do Ministério da Economia, assumirá Bruno Bianco, atual secretário-adjunto.

Segundo o Blog do Camarotti, a mudança foi motivada pelas críticas de parlamentares à gestão de Canuto. Eles se queixavam ao Palácio do Planalto da demora no atendimento de demandas e até mesmo dificuldade na liberação de emendas. De acordo com o blog, a nomeação de Rogério Marinho para o Desenvolvimento Regional é vista como uma resposta positiva ao Congresso em razão da boa relação dele com o Legislativo.

O novo ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho — Foto: Edu Andrade/Ministério da Economia
O novo ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho — Foto: Edu Andrade/Ministério da Economia

Rogério Marinho foi nomeado secretário de Previdência pelo ministro Paulo Guedes durante a transição de governo, no fim de 2018. Durante a tramitação da reforma da Previdência, o economista ficou responsável pela articulação política e pelos esclarecimentos sobre a proposta do governo.

Marinho é filiado ao PSDB e, entre 2007 e 2018, foi deputado federal pelo Rio Grande do Norte. Em 2018, foi relator na Câmara dos Deputados da reforma trabalhista enviada pelo governo Michel Temer. Nas últimas eleições, em 2018, ele não conseguiu reeleição para o cargo.

O Ministério do Desenvolvimento Regional foi criado pelo governo Bolsonaro a partir da junção de duas pastas: os antigos ministérios das Cidades e da Integração Regional.

O ex-ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, durante audiência pública no Senado — Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
O ex-ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, durante audiência pública no Senado — Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Gustavo Canuto foi nomeado ministro no início do governo, e ficou pouco mais de um ano no cargo. Ele é servidor de carreira do Ministério da Economia há nove anos, segundo o Planalto.

Segundo o site institucional, o ministério tem a função de "integrar as diversas políticas públicas de infraestrutura urbana e de promoção do desenvolvimento regional e produtivo".

Durante as fortes chuvas que atingiram cidades de Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro, no mês passado, Canuto sobrevoou as áreas afetadas e anunciou aportes do governo federal para as ações de reconstrução.

Quinta troca
Com a mudança no Desenvolvimento Regional, Bolsonaro soma cinco trocas na equipe ministerial desde janeiro de 2019, quando começou o governo. As outras trocas ministeriais foram:

Secretaria-Geral: Floriano Peixoto no lugar de Gustavo Bebianno
Educação: Abraham Weintraub no lugar de Ricardo Vélez Rodríguez
Secretaria de Governo: Luiz Eduardo Ramos no lugar de Carlos Alberto dos Santos Cruz
Secretaria-Geral: Jorge Oliveira no lugar de Floriano Peixoto

Fonte: G1

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