O Brasil tem 9 casos suspeitos de coronavírus em investigação, de acordo com o Ministério da Saúde. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (6), por volta das 10h, durante uma reunião do ministro Luiz Henrique Mandetta com os secretários de saúde dos estados e capitais do país.
O levantamento anterior, das 12h desta quarta (5), apontava 11 casos suspeitos. Três deles foram descartados e outro, de Minas Gerais, foi acrescentado ao acompanhamento. Ao todo, 24 suspeitas já foram descartadas.
Assim, os casos suspeitos estão em Minas Gerais (1), Rio de Janeiro (1), Rio Grande do Sul (3), Santa Catarina (1) e São Paulo (3).
De acordo com o Ministério da Saúde, é considerado caso suspeito se o paciente apresentar febre e ao menos um sintoma respiratório (como tosse, dificuldade para respirar, entre outros) e também se viajou à China nos últimos 14 dias ou se teve contato próximo com alguém que tem suspeita ou é um caso confirmado de coronavírus.
Os casos confirmados são definidos após análises laboratoriais que detectam o 2019-nCoV.
Mandetta e os secretários participaram da 1ª Reunião Ordinária da Comissão Intergestores Tripartite 2020, organizada para discutir estratégias de um plano de contingência caso o coronavírus chegue ao Brasil.
Confira a situação até as 14h30 desta quinta (6):
564 mortes por coronavírus na China
1 morte nas Filipinas
28.060 casos confirmados na China
Mais de 1,1 mil infectados já se recuperaram, na China
Mais de 200 casos confirmados em outros 24 países
Dois aviões presidenciais partiram nesta nesta quarta em busca dos brasileiros na China
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Vacinação contra influenza
Durante a reunião, os secretários sugeriram ao Ministério da Saúde que antecipe, neste ano, a campanha de vacinação contra influenza, o vírus que causa a gripe.
De acordo com eles, a imunização contra a gripe poderia reduzir os casos suspeitos, já que os sintomas da infecção por coronavírus ou pelo vírus da gripe são semelhantes.
O ministro da Saúde afirmou que neste ano a campanha de imunização contra a gripe começará em março, o que já estava previsto mesmo antes do surgimento do coronavírus.
Carnaval
Mandetta afirmou que não pretende tomar nenhuma medida contra o carnaval por causa do coronavírus.
"Carnaval é vida que segue. O que a gente está colocando [de recomendação] é a etiqueta respiratória. Se for espirrar, coloque o cotovelo à frente [da boca] e [vamos] tentar falar isso durante o carnaval", disse.
Solidariedade com a China
O ministro falou também sobre a solidariedade com a China.
"Não é momento de se fazer apontamento de dedo pra China. O vírus podia ter começado com o Brasil ou qualquer outro lugar. Se hoje é a China, amanhã pode ser o Brasil. Por isso somos solidários ao povo chinês", disse.
O ministro da Saúde também disse que amanhã (7) visitará a base aérea de Anápolis, o local que vai abrigar os brasileiros vindos da China e que ficarão em quarentena por causa do risco de coronavírus, com o ministro da Defesa Fernando Azevedo e Silva e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado.
Fonte: G1
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