O primeiro-ministro da Ucrânia, Oleksiy Honcharuk, afirmou na manhã desta quarta-feira (8), que “qualquer versão antes da conclusão oficial” sobre o avião Boeing 737 que caiu após ter decolado da capital do Irã, Teerã, com 176 passageiros é “apenas manipulação”. A declaração veio apenas horas após a embaixada iraniana do país ter emitido e retratado uma nota, na qual negava que houvesse motivações terroristas por trás da queda.
Primeiro ministro da Ucrânia, Oleksiy Honcharuk, e Secretário de Defesa Nacional, Oleksiy Danilov, falam à imprensa sobre queda de avião.
Durante uma coletiva de imprensa realizada em Kyiv, o primeiro-ministro também confirmou que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenski, pediu uma investigação criminal do caso. De acordo com a agência de notícias Mehr, o chefe da agência de aviação civil iraniana, Ali Abedzadeh, já afirmou que a caixa preta do avião não sairá do país: “Não a entregaremos para o fabricante e para a América”.
De acordo com as leis internacionais, a investigação da queda de uma aeronave é liderada pelo estado em que ela ocorreu. No caso do Boeing 737, o avião caiu em território iraniano, apenas minutos após ter decolado do aeroporto Imam Khomeini, no Teerã. A Ucrânia, como nação de registro e operação, também tem direito a participar, assim como os Estados Unidos, que representam a própria Boeing, fabricante da nave.
O prazo inicial é de 30 dias para que os países apresentem algum resultado sobre as investigações. Ainda em março, a Boeing suspendeu a fabricação do modelo Max 737, um “parente” da aeronave que caiu no Irã, após dois acidentes fatais da mesma linha causarem a morte de 346 pessoas em apenas cinco meses.
Ainda não se sabe o que motivou a queda do avião PS752 na manhã desta quarta-feira, mas o ministro de Relações Exteriores da Ucrânia, Oleksiy Honcharuk, se recusou a descartar a possibilidade de um ataque terrorista relacionado às tensões entre Irã e Estados Unidos. Dentre a tripulação do vôo, estavam 82 iranianos, 63 canadenses e 11 ucranianos, além de 10 passageiros da Suécia, quatro do Afeganistão, três da Inglaterra e três da Alemanha.
Fonte: Estadão
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