Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro, recebeu repasses de duas pizzarias controladas, segundo o Ministério Público estadual, pelo ex-capitão da Polícia Militar do Rio de Janeiro Adriano Magalhães da Nóbrega.
Coaf cita pagamento de título bancário de R$ 1 milhão em relatório sobre Flávio Bolsonaro — Foto: Reprodução/JN
O miliciano é investigado por integrar o chamado Escritório do Crime, um grupo de matadores de aluguel que atua no RJ. A quadrilha foi alvo da operação Intocáveis do MP em janeiro de 2019.
De acordo com as investigações do MP, os repasses a Queiroz equivaliam aos cargos de Danielle Mendonça da Costa, ex-mulher de Adriano, e de sua mãe Raimunda.
As informações constam do documento que pediu as buscas e apreensões ocorridas nesta quarta-feira (18) em endereços relacionados ao senador Flávio Bolsonaro. A investigação é de promotores do Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção, do Ministério Público estadual do RJ.
Capitão Adriano, um dos denunciados da Operação Intocáveis — Foto: Reprodução
Danielle foi nomeada para o gabinete do então deputado Flávio Bolsonaro em 2007. Raimunda, em 2015.
Segundo o MP, as duas receberam R$ 1.029 milhão do gabinete de Flávio e repassaram, pelo menos, R$ 203 mil a Queiroz.
Dois repasses vieram das empresas controladas por Adriano, de acordo com os investigadores:
A Pizzaria Tatyara Ltda repassou R$ 45.330 mil
o Restaurante e Pizzaria Rio Cap Ltda enviou R$ 26.920 mil
O MP suspeita que Adriano seja sócio oculto dos dois restaurantes. Formalmente, o ex-policial não aparece no quadro societário das empresas. Quem aparece é a sua mãe, Raimunda.
Os promotores investigam se o saque de R$ 202 mil das contas de Danielle e Raimunda foram entregues em mãos a Fabrício Queiroz, evitando assim qualquer rastro dos repasses.
Defesa deixa o caso
Na quarta-feira, a defesa de Fabrício Queiroz disse, em nota, que o cliente e sua família aguardam com serenidade a oportunidade de apresentarem sua defesa em juízo.
Nesta quinta, o advogado Paulo Klein informou que resolveu deixar a defesa de Queiroz por "questões de foro íntimo", mas que tem convicção da inocência de Queiroz e da família dele.
Fonte: G1
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