domingo, dezembro 08, 2019

Milhares de manifestantes pró-democracia vão às ruas de Hong Kong

Dezenas de milhares de manifestantes pró-democracia foram para as ruas de Hong Kong neste domingo (8). O grande ato é visto como uma tentativa de manter a pressão sobre o governo do território semiautônomo, que recentemente sofreu uma derrota nas eleições distritais.

Manifestantes vão às ruas em Hong Kong neste domingo (8)  — Foto: Danish Siddiqui/ Reuters
Manifestantes vão às ruas em Hong Kong neste domingo (8) — Foto: Danish Siddiqui/ Reuters

Os manifestantes se reuniram no Victoria Park na Causeway Bay na tarde deste domingo e continuavam nas ruas após escurecer. Eles carregam cartazes com mensagens como "Free Hong Kong".

A Frente Civil de Direitos Humanos, o grupo que organizou as marchas de milhões de pessoas na cidade sob controle chinês em junho, conseguiu durante a semana a autorização para a realização da manifestação nesta semana.

Manifestantes pró-democracia seguram bandeiras dos EUA durante manifestação contra o governo em Hong Kong neste domingo (8)  — Foto: Vincent Yu/AP
Manifestantes pró-democracia seguram bandeiras dos EUA durante manifestação contra o governo em Hong Kong neste domingo (8) — Foto: Vincent Yu/AP

A mobilização começou em 9 de junho contra um projeto de lei sobre extradições para a China continental, já retirado, e depois expandiu-se para demandas por maior democracia e contra a interferência de Pequim nos assuntos locais.

Como os atos se tornaram cada vez mais violentos, as autoridades negaram pedidos do grupo para realizar as manifestações.

Desde as eleições distritais, que aconteceram em 24 de novembro, quando candidatos pró-democracia conquistaram quase 90% das cadeiras, uma certa calma se instalou na região.

Moção para afastar Carrie Lam
Na quinta-feira (5), uma moção para afastar a executiva-chefe da cidade, Carrie Lam, não passou pelo Conselho Legislativo de Hong Kong. A emissora local RTHK informou que 36 parlamentares pró-Pequim votaram contra a moção de impeachment e 26 foram a favor.


Embora apoie Lam, o líder do maior partido pró-Pequim também criticou seu governo, dizendo que ele foi incapaz de evitar a "violência desencadeada por arruaceiros", ainda segundo a TV local.

Ferido em protesto

Um manifestante que foi baleado pela polícia durante uma manifestação em outubro compareceu a um tribunal pela primeira vez para enfrentar acusações de tumulto e de agressão contra um policial.

Tsang Chi-kin deixou a corte de Hong Kong depois de cerca de uma hora. O seu caso foi adiado para fevereiro.

Fonte: G1

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