Com a proximidade das férias e das festas de final de ano, o valor das passagens aéreas sobem, como de costume. Mas o brasileiro percebeu que, em 2019, a alta se manteve durante os outros meses do ano.
Dois fatores contribuíram para deixar as tarifas nas alturas. Primeiro, a saída da Avianca do mercado e a dificuldade das outras companhias em absorver a demanda. Além disso, os custos das operações ajudaram a subir com os preços. Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), mais de 60% dos custos das empresa aéreas são calculados com base no dólar, que disparou.
Para a Associação Brasileira de Agências de Viagem, a alta já era esperada. Já a Associação Brasileira de Empresa Aéreas não comenta a alta de preços das passagens, mas diz que as companhias disponibilizaram seis mil voos extras para atender a demanda nesta temporada.
O motorista de aplicativo Fábio Longo é morador de Campo Grande (MS) e planejava viajar de avião para passar a virada do ano com sua família em Balneário Camboriú (SC). Mas diante o valor das passagens decidiu encarar mais de 1.200 quilômetros de carro. "A gente vai perder um dia para ir e outro para voltar. Serão dois dias a menos, mas fazer o quê? É o único jeito de economizar", lamenta.
Em Campo Grande, para se ter ideia, uma agência de viagens registrou alta de 40% no preço dos pacotes de viagem para o final de ano devido ao aumento no preço dos bilhetes aéreos.
A artesã Ana Luiza Pinheiro de Andrade também não está nada feliz com os valores. "Acho exorbitante. Além de tudo, a gente tem que pagar assento e ainda tem que pagar bagagem, né? A cada dia fica mais difícil viajar de avião", reclama.
Apesar do cenário, o setor do turismo está otimista e prevê um crescimento de 5 a 8% este ano.
Fonte: G1
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