Os servidores do Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep) paralisaram as atividades nesta quarta-feira (11) no Rio Grande do Norte e vão manter a mobilização pelo menos até a próxima segunda-feira (16), quando haverá uma reunião com o Governo do Estado. Com isso, o órgão passa a funcionar com 30% do efetivo nas quatro unidades do estado: Natal, Mossoró, Pau dos Ferros e Caicó. Os servidores tratam a manifestação como "operação perícia padrão".
Servidores do Itep fizeram paralisação nesta quarta-feira (11) — Foto: Heloísa Guimarães/Inter TV Cabugi
A paralisação vai comprometer outros serviços, como a emissão de RGs, que será suspensa nesta quinta-feira (12). Além disso, exames de corpo de delito só poderão ser feitos com a presença dos policiais.
"O que vai funcionar é apenas o local de morte violenta, onde existe o atendimento aos crimes de homicídio, suicídio e acidentes com vítimas fatais", explicou Otávio Domingos, presidente do Sindicato dos Peritos Oficiais de Natureza Criminal do RN (Sindperitos).
Algumas pessoas sofreram com a paralisação já nesta quarta-feira. Uma mulher de 49 anos, que foi agredida pelo próprio irmão no bairro de Mãe Luiza, foi encaminhada pelos policiais civis para o órgão, mas como não tinha a companhia de nenhum policial, não conseguiu realizar o exame, mesmo com a documentação necessária em mãos. O irmão da mulher está preso.
A cobrança da categoria é para que o Governo do Estado acelere a elaboração do projeto de lei que define o plano de cargos, carreiras e salários dos servidores do Itep. O órgão possui cerca de 500 funcionários. Uma reunião entre o Executivo e a categoria está marcada para segunda-feira.
"Uma falta de respeito muito grande para nós servidores do Itep, que vem se arrastando há anos. São 14 anos que estamos nessa luta", falou Vânia Tavares, coordenadora geral do Sindicato do Servidores do Itep (Sinditep).
Nesta quinta-feira (12), os servidores vão realizar um novo protesto em frente à sede do Itep de Natal, que fica no bairro da Ribeira, na zona Leste da cidade.
Mulher agredida pelo irmão não conseguiu ser atendida no Itep — Foto: Heloísa Guimarães/Inter TV Cabugi
Fonte: G1
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