O procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato no Paraná, pediu nesta sexta-feira (8) ao Supremo Tribunal Federal (STF) a suspensão da análise de procedimento disciplinar ao qual responde no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).
![O procurador da República e coordenador da Operação Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol — Foto: Danilo M. Yoshioka/Futura Press/Estadão Conteúdo](https://s2.glbimg.com/VYg7Y-a4LChekmGVPuPj9ZK1e7k=/0x0:1700x1065/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2019/P/e/vTlSf8TQiPfkaJB43s3A/deltan.jpg)
O procurador da República e coordenador da Operação Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol — Foto: Danilo M. Yoshioka/Futura Press/Estadão Conteúdo
Dallagnol argumenta que há uma série de ilegalidades nos procedimentos adotados pelo CNMP e pediu urgência na análise da suspensão porque o processo está na pauta da reunião do conselho da próxima terça (12). Entre as punições que ele pode receber estão advertência, censura, suspensão e demissão.
O processo foi motivado por suposta manifestação indevida em entrevista à rádio CBN, na qual Deltan Dallagnol criticou ministros do Supremo pela retirada de depoimentos da Odebrecht do Paraná e envio à Justiça de Brasília.
Ele afirmou na entrevista que os ministros que votaram a favor da decisão formavam uma “panelinha” e mandavam uma mensagem “muito forte de leniência a favor da corrupção”.
Antes de decidir se suspende ou não, o ministro Luiz Fux, relator do processo, pediu ao CNMP que envie informações sobre o caso até as 12h de segunda-feira (11).
"Ante a alegação de urgência formulada pelo autor, intime-se a União Federal e o Ilustríssimo Presidente do Conselho Nacional do Ministério Público, para que se manifestem sobre as razões formuladas até o meio-dia do dia 11/11/2019 (segunda-feira)", diz Fux na decisão assinada na noite de sexta e divulgada neste sábado (9).
Na última quarta (6), Fux suspendeu decisão da Justiça do Paraná que impedia que Deltan Dallagnol tivesse o procedimento julgado e liberou o andamento do caso no CNMP.
Em outubro, a Justiça Federal em Curitiba concedeu liminar (decisão provisória) para suspender o caso no conselho por entender que o procurador tinha exercido liberdade de expressão.
O CNMP, então, acionou a Advocacia Geral da União (AGU) para que o órgão recorresse ao Supremo com o argumento de que cabe ao STF analisar ações contra atos do conselho. Fux atendeu ao pedido da AGU, mas agora vai analisar também o pedido de Deltan Dallagnol.
fonte: G1
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