Os policiais civis do Rio Grande do Norte protestam na manhã desta sexta-feira (25) na sede da Delegacia Geral de Polícia, em Natal, contra a proposta apresentada pelo Governo do Estado para o plano de reestruturação de carreiras da categoria. De acordo com o Sindicato dos Policiais Civis do RN (Sinpol-RN), a proposta apresentada pelo Governo implica, na prática, em uma redução salarial para a maior parte da categoria, que está no nível intermediário da carreira policial.
Policiais se reúnem pela segunda vez esta semana para avaliar contraproposta do Governo
A proposta do Governo, acrescenta um ano no plano de carreira dos policiais civis, que passariam a ter que trabalhar 21 anos para atingir a classe mais alta da carreira, que passaria a ter 7 classes ao invés de 4, com progressão de 3 anos de uma para outra, ao invés dos 5 anos atuais. De acordo com o documento, parte dos policiais que se encontram na 1ª e 3ª classe teriam uma redução em relação ao valor atual, enquanto outras receberiam um aumento.
Hoje os policiais de 2ª classe são aqueles que possuem de 5 a 10 anos de serviço, e recebem R$ 4.731,91. Na proposta apresentada pelo Governo, eles passariam a integrar a 1ª classe, que passaria a englobar os policiais que possuem entre 3 e 6 anos de serviço, esse valor iria para R$ 4.318,80, 8,7% a menos.
Outra classe que passaria por uma redução seria a dos policiais que possuem de 10 a 15 anos de serviço. Hoje, os policiais de nível 3 recebem R$ 5.962,20. No novo modelo, esse grupo, que de acordo com o Sinpol corresponde à maior parte dos policiais na ativa no estado atualmente, passaria a receber R$ 5.711,61, uma redução de 4,2%.
Nos níveis mais elevados da carreira, no entanto, os policiais receberiam um aumento salarial. Aqueles com mais de 20 anos de serviço, que hoje recebem R$ 9.465,59, passariam a ganhar R$ 9.989,64. De acordo com Nilton Arruda, presidente do Sinpol, um possível aumento para as classes mais elevadas não compensaria o impacto da redução. “Não consideramos isso uma proposta, consideramos uma ofensa. Poderia afetar até dois terços dos policiais civis que estão na ativa.”, afirma.
A proposta foi apresentada aos representantes sindicais na tarde da última quinta-feira (24), em uma reunião no Gabinete Civil. O resultado da reunião, assim como as planilhas demonstrativas de como seria o novo plano de carreiras foi apresentada em assembleia para os policiais e escrivães na sede do Sinpol em uma assembleia, que aconteceu durante a tarde.
Muitos dos presentes demonstraram indignação e descontentamento com a proposta do Governo, e o presidente do Sindicato afirma que outra assembleia, onde um indicativo de paralisação da categoria deve ser votado, vai acontecer após o ato na Degepol nessa sexta-feira. Na manifestação, os policiais e escrivães pretendem entregar, de forma simbólica, seus distintivos em protesto à proposta apresentada pelo Governo.
Outra reunião entre Gabinete Civil e representantes dos policiais está marcada para acontecer na tarde dessa sexta-feira. Questionado sobre a proposta apresentada, o Gabinete Civil do Estado afirmou, por meio da assessoria de imprensa, que “uma proposta, que não era de redução salarial, foi apresentada pelo Governo ao Sindicato, que rejeitou a proposta”.
Fonte: Tribuna do Norte
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