A segunda fase da "Operação Contra-ataque” capturou na manhã desta quarta-feira (2) 79 suspeitos de participar dos ataques criminosos registrados no Ceará em setembro. As pessoas capturadas também são suspeitas de envolvimento em outros crimes como tráfico de drogas e homicídios.
As prisões ocorreram na segunda da Operação Contra-Ataque. No fim de semana passado, na primeira fase da operação, 2 mil agentes capturaram 44 pessoas suspeitas de atuação nos ataques.
Na segunda fase, para o cumprimento dos mandados, foram designados 280 policiais civis divididos em 80 equipes. Os servidores foram escalados de todos os departamentos operacionais da Polícia Civil.
As ações aconteceram em Fortaleza, Caucaia e Maracanaú e no interior do Estado nas cidades de Sobral, Itapipoca, Canindé, Iguatu, Quixadá e Juazeiro do Norte. Foram 51 no interior e as demais ocorreram em Fortaleza e na Região Metropolitana.
Suspeito de atuação em ataques no Ceará é preso em Canindé — Foto: SSPDS/Divulgação
A Secretaria da Segurança Pública informou que, até as 7h desta quarta-feira (2), 238 pessoas foram capturadas por participação nos atos criminosos registrados no Estado desde 21 de setembro.
Desse número, 120 são maiores de idade e 38 são adolescentes, de acordo com balanço contabilizado pela pasta. A quantidade de pessoas capturadas deve aumentar ao longo do dia, em consequência da Operação Contra-ataque II. O número de ocorrências permanece inalterado, em 115, desde as 17h57 de segunda-feira (30).
'Querem regalia de volta'
Ceará tem ônibus e carros incendiados em onda de ataque que ocorre desde o fim de semana — Foto: TV Verdes Mares/Reprodução
O Ceará teve mais de 100 ataques entre 20 e 30 de setembro coordenados por membros de uma facção criminosa.
Segundo o secretário da Segurança, André Costa, a sequência de crimes é uma represália de presidiários contra medidas mais rigorosas nas detenções, com fiscalizações mais frequentes, apreensão de celulares e fim da visita íntima. Conforme André Costa, os presos querem "regalias de volta".
Camilo Santana afirmou em entrevista que os 238 presos por envolvimento nos ataques "irão cumprir a pena devida".
"Todos irão para a cadeia e irão cumprir a pena devida em relação a esses episódios. Esses crimes realizados recentemente são uma reação dos grupos organizados tentando intimidar o estado pelo rigor que temos feito dentro do sistema prisional. Nós não estamos sendo intimidados, e vamos mostrar que quem manda é o Estado."
Fonte: G1
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