O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, afirmou nesta terça-feira (29) que o governo faz um monitoramento especial da reserva ambiental de Abrolhos, na Bahia, para impedir que manchas de óleo cheguem à região.
Arquipélago de Abrolhos, na Bahia — Foto: Manu Dias/GOVBA
Três navios estão nas proximidades de Abrolhos e mais dois devem se somar ao grupo nesta quarta-feira. A preocupação se dá porque o arquipélago representa um importante berço para a biodiversidade marinha.
De acordo com dados divulgados nesta terça pelo ministério, 254 áreas já foram atingidas pelo vazamento.
O óleo que atinge o Nordeste desde o fim de agosto se espalha submerso, o que dificulta a identificação visual. Segundo o Comandante da Operações Navais da Marinha, Leonardo Puntel, caso manchas de óleo sejam avistadas, mergulhadores iniciarão o trabalho de remoção.
“Ao encontrar o óleo, caso esteja na superfície, como já aconteceu no Nordeste pelo menos em quatro oportunidades, os navios lançam seus mergulhadores, que nadam até essa mancha e vão recolhendo manualmente, até chegar próximo dos navios para os guindastes recolherem o material”, disse Puntel.
O comando da operação de combate ao óleo no Ministério da Defesa prestou esclarecimentos à imprensa nesta terça, porém, não apresentou avanços em relação à investigação da causa e da origem vazamento.
Trinta navios de 11 países estão sendo investigados como possíveis responsáveis pelo vazamento.
Segundo Puntel, o Brasil espera resposta dos países “em tempo razoável”, mas as leis internacionais não especificam a delimitação deste prazo.
“Já mandamos documentação e notificação para que esses países, essas bandeiras e esses armadores respondessem nossas indagações para que possamos apurar”, disse.
Segundo a Marinha, a maior probabilidade é que o óleo seja de uma única fonte.
“Nenhuma possibilidade de investigação é descartada. Não descartamos a possibilidade do óleo ter sido lançado por um dark ship”, disse.
Puntel afirmou ainda ser difícil prever a possibilidade de as manchas de óleo avançarem para outras regiões do país.
Fonte: G1
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