A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura a divulgação de informações falsas, a chamada CPI das Fake News, aprovou nesta terça-feira (23) a convocação para depor de 29 pessoas, entre as quais a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), o secretário de Comunicação da Presidência, Fábio Waingarten e o assessor especial da Presidência da República para assuntos internacionais, Felipe Martins.
Os convocados são obrigados a comparecer. Além das convocações, a CPI também aprovou convites (comparecimento não obrigatório) para 38 pessoas, entre as quais os deputados Joice Hasselman (PSL-SP) e Delegado Waldir (GO), ex-líder do PSL na Câmara e o general da reserva Carlos Alberto Santos Cruz, ex-secretário de Governo da Presidência.
Nesta segunda-feira, a deputada Joice Hasselmann denunciou o suposto uso de perfis falsos nas redes sociais por assessores dos filhos do presidente Jair Bolsonaro, com o objetivo de difundir informações inverídicas e difamatórias. O Supremo Tribunal Federal (STF) tem um inquérito criminal aberto desde março por determinação do presidente Dias Toffoli, para averiguar ofensas e ameaças a ministros, inclusive na internet.
A maioria dos requerimentos de convocação e convite aprovados pela CPI partiu de parlamentares da oposição. A convocação de Gleisi Hoffmann foi aprovada a partir de requerimento da deputada governista Caroline de Toni (PSL-SC). A relatora da comissão, deputada deputada Lídice da Mata (PSB-BA), foi a autora do requerimento de convite à senadora dos Estados Unidos Elizabeth Warren.
Convocados
A comissão aprovou 29 convocações, entre as quais as de
Fábio Wajngarten, secretário especial de Comunicação Social da Presidência;
Felipe Martins, assessor especial da Presidência para assuntos internacionais;
Gleisi Hoffmann, deputada federal e presidente do PT;
Paulo Marinho, empresário e primeiro suplente do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ);
Luciano Hang, empresário, dono da rede de lojas de departamentos Havan, apoiador do presidente Jair Bolsonaro;
Convidados
A comissão também aprovou 38 convites para, entre outros,
Delegado Waldir (PSL-GO), ex-líder da legenda na Câmara;
Joice Hasselmann (PSL-SP), ex-líder do governo no Congresso;
Carlos Alberto Santos Cruz, general da reserva e ex-ministro da Secretaria de Governo
Elizabeth Warren, senadora americana e pré-candidata a presidente dos Estados Unidos pelo Partido Democrata;
representantes de sites de checagem de notícias
Entenda a 'CPI das Fake News'
Criada em julho, a CPI das Fake News tem, entre outros objetivos, a finalidade de a investigar "ataques cibernéticos que atentam contra a democracia e o debate público". Também deve investigar a suposta criação de perfis falsos nas redes sociais para influenciar as eleições presidenciais de 2018 e a prática de "ciberbullying" contra autoridades e cidadãos.
Nas eleições presidenciais do ano passado, surgiram denúncias de que empresas apoiadoras do então candidato ao Planalto do PSL, Jair Bolsonaro, teriam comprado pacotes de disparos de mensagens para difamar, por meio de rede social, o candidato do PT, Fernando Haddad. Bolsonaro nega irregularidades.
A instalação da comissão no Congresso Nacional ocorreu no início de setembro. Formada por 15 deputados e 15 senadores, a CPI das Fake News é presidida pelo senador Angelo Coronel (PSD-BA).
De acordo com o requerimento de criação da CPMI, a comissão deve investigar:
"ataques cibernéticos que atentam contra a democracia e o debate público";
utilização de perfis falsos para influenciar resultado de eleições de 2018;
cyberbullying;
e aliciamento de crianças para o cometimento de crimes de ódio e suicídio e contra autoridades.
Fonte: G1
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