O novo líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO), afirmou ao blog acreditar que a crise no PSL não deve atrapalhar a eventual indicação do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) para a embaixada em Washington (EUA). Ele acrescentou, contudo, que a aprovação dependerá do "humor" dos senadores.
Embora Bolsonaro ainda não tenha formalizado a indicação, tem dito desde julho que a fará. Eduardo Bolsonaro assumirá a embaixada se aprovado pelo Senado.
"Depende do humor do Senado, da desenvoltura no trabalho do Senado pelo Eduardo. A crise do PSL não atrapalha, eu acho, porque é localizada, é uma questão partidária. Até porque na condição de embaixador ele deixa o partido e o mandato, então não interfere. A indicação depende do trabalho dele no Senado", afirmou o senador.
Para Gomes, o líder do governo no Congresso deve concentrar a atuação na "busca de convergência" em torno de projetos de interesse do governo e do Estado.
O senador assumiu o posto quando Bolsonaro decidiu retirar a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) da função. Ela apoiou uma lista que mantinha o deputado Delegado Waldir (PSL-GO) no posto, enquanto Bolsonaro tentou colocar o filho Eduardo no lugar.
"[Na função de líder] não sobra tempo para outras brigas, sou ruim de briga. Se fosse para brigar, fazia UFC. Além disso, tenho ótimo relacionamento com o presidente Davi e com Rodrigo Maia, pilares dessa construção", declarou o senador ao blog.
Indicação de Eduardo
A possível indicação de Eduardo Bolsonaro para a embaixada é tratada como prioridade no governo.
No meio do caminho, contudo, o presidente da República se envolveu pessoalmente na briga com o PSL, partido ao qual é filiado. E embora esteja em guerra com a família Bolsonaro, o líder do PSL no Senado, Major Olimpio, afirma que votará a favor da indicação, se confirmada.
"Poderíamos arrumar mais duas embaixadas e mandar os três filhos para o exterior. Ajudaria demais o equilíbrio político e governabilidade para Bolsonaro", declarou.
Na semana passada, o porta-voz da Presidência afirmou que está mantida a indicação.
Nos bastidores, integrantes do governo procuraram o presidente da comissão de Relações Exteriores, Nelson Trad, para comunicar que o presidente mantinha a disposição de indicar o filho. Ao blog, Trad confirmou ter sido avisado.
"Passando a Previdência, a ideia é encaminhar a indicação", disse.
Clima no Senado
Parlamentares afirmaram ao blog que o clima não está seguro para a aprovação da indicação, mas, se passar com folga na Comissão de Relações Exteriores, Eduardo não terá problemas no plenário.
Ou seja: a comissão será uma espécie de termômetro para a votação no plenário.
Fonte: G1
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