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quinta-feira, outubro 03, 2019

Após decidir pagar ida ao Vaticano do próprio bolso, Aras pede auditoria em agência de viagem

O procurador-geral da República, Augusto Aras, anunciou nesta quinta-feira (3) uma auditoria em contratos firmados pela Procuradoria Geral da República e que estão em vigor, entre os quais com uma agência de viagens que presta serviço ao órgão.

O procurador-geral da República, Augusto Aras — Foto: José Cruz / Agência Brasil
O procurador-geral da República, Augusto Aras — Foto: José Cruz / Agência Brasil

A decisão de promover a auditoria foi tomada depois de ter sido tornado público que Aras viajará na próxima semana para participar da cerimônia de canonização da Irmã Dulce, no Vaticano.

O evento será realizado entre os dias 11 e 14 de outubro, Aras vai integrar a delegação oficial brasileira e levará a mulher, a subprocuradora-geral Maria das Mercês Gordilho Aras.

Inicialmente, Aras pediu a cotação, e a viagem poderia ser bancada com recursos públicos. O jornal "O Estado de S. Paulo" publicou reportagem informando que a PGR gastaria R$ 67 mil para bancar a participação na cerimônia de Aras, da mulher e do subprocurador Alcides Martins, que estava interinamente no exercício do cargo de procurador-geral até a semana passada.

Documento da Secretaria de Cooperação Internacional da PGR previu que Aras e a mulher viajassem de classe executiva, com passagens ao custo de R$ 22.113,14. Alcides Martins iria em classe econômica, com custo de R$ 6 mil.

Aras teria direito a sete diárias (gastos com traslados, hospedagem e alimentação), totalizando R$ 13.580,00; a mulher dele receberia, em diárias, R$ 12.908,00; e Alcides Martins outros R$ 12.908,00.


A notícia gerou polêmica dentro da PGR. A assessoria de imprensa do órgão informou, então, que, em razão do alto valor previsto, Aras pagaria as passagens do próprio bolso. Informou ainda que ele e a mulher desistiram das diárias a que teriam direito. Martins desistiu da viagem.

Questionada sobre a auditoria, a assessoria de imprensa da PGR informou que "trata-se de uma medida administrativa ordinária, normal em toda transição de gestão" e que o objetivo é "conhecer todos os contratos em andamento e analisar a possibilidade de eventuais ajustes ou até mesmo de redução de despesas."

Fonte: G1

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