O parecer do senador Eduardo Braga (MDB-AM) deve ser favorável à indicação do sub-procurador Augusto Aras para a Procuradoria-Geral da República. Após a apresentação do parecer, ele deve ser sabatinado pela Comissão de Constituição no dia 25.
O relatório cobra de Aras o compromisso de se afastar do escritório de advocacia do qual é sócio. Nas conversas que teve no Senado, Aras já havia demonstrado disposição de entregar a carteira de advogado. Ele é sócio de Fernando César Souza, advogado-geral do Senado. Nesta segunda-feira, ele enviou ofício a Eduardo Braga no qual informa que, se aprovado pelos senadores, devolverá a carteira à OAB e vai se retirar da sociedade no escritório Aras Advogados Associados, em Salvador.
Augusto Aras foi indicado pelo presidente Jair Bolsonaro há dez dias e, imediatamente, ele começou a visitar senadores para falar de suas ideias para a PGR e pedir apoio à sua indicação.
Na semana passada, Aras teve reunião com líderes de todos os partidos e recebeu apoio de muitos em razão da postura, considerada moderada.
O principal motivo da aceitação de Aras para a PGR foi seu posicionamento anterior, crítico ao que chamou de excessos da Operação Lava Jato.
Também nas questões ambientais e de direitos humanos, bandeira de Raquel Dodge, Aras tem dito que é defensor, "mas sem excessos", o que também agradou a senadores.
A tramitação da mensagem do presidente Bolsonaro de indicação de Aras para a PGR, que tem sido uma das mais rápidas, contrasta com o desejo do presidente de indicar o filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), para a embaixada em Washington.
Sem a certeza dos votos, o presidente ainda não enviou a mensagem ao Senado, embora a escolha já tenha obtido o agrement do governo dos Estados Unidos.
Fonte: G1
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