O
youtuber Felipe Neto registrou nesta quinta-feira (19) uma queixa por ameaças
de morte que ele diz ter recebido nos últimos dias.
Youtuber Felipe Neto — Foto: Reprodução/Instagram
"Protocolamos
hoje a notícia-crime na Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática
referente a ameaças de morte que foram recebidas. Fica a prova para aqueles que
duvidaram, mentiram e debocharam, alegando que seria tudo uma invenção",
escreveu ele no Twitter, com a foto de um protocolo (veja abaixo).
Segundo
a assessoria de imprensa de Felipe Neto, a equipe jurídica foi até a delegacia,
que fica na Cidade da Polícia, para registrar a queixa.
Entenda
as ameaças a Felipe Neto
No
dia 5 de setembro, o prefeito do Rio Marcelo Crivella pediu para que todos os
exemplares de um livro com uma gravura em que dois personagens homens se beijam
fossem retirados da Bienal do Livro.
No
dia seguinte, dia 6 de setembro, o youtuber anunciou que havia comprado 14 mil
exemplares de livros com temática LGBT para distribuir gratuitamente na feira.
Todos os livros foram ensacados com uma etiqueta em que se lia "Este livro
é impróprio para pessoas atrasadas, retrógradas e preconceituosas. Felipe Neto
agradece a sua luta pelo amor, pela inclusão e pela diversidade".
No
dia 7 de setembro, os 14 mil exemplares foram distribuídos ao público da
Bienal.
Alguns
dias depois, notícias falsas foram disseminadas em redes sociais, dizendo que
Felipe Neto incentivou crianças a acessarem fóruns que promovem pedofilia
No
dia 16 de setembro, o youtuber contou no Twitter que as ameaças contra ele se
intensificaram depois da ação da Bienal e que ele havia retirado a sua mãe do
país por medo.
Nesta
quinta-feira (19), novamente usando o Twitter, Felipe Neto informou que
protocolou uma a notícia-crime na Delegacia de Repressão aos Crimes de
Informática, referente às ameaças de morte que vem recebendo.
Neto
diz que as ameaças a ele e a parentes foram feitas após ele ter distribuído
gratuitamente 14 mil livros de temática LGBT na Bienal do Livro. O youtuber
disse que já retirou a mãe do país por questões de segurança e, na
segunda-feira (16), cancelou a apresentação no evento Educação 360 alegando ter
sofrido ameaças.
"É
estarrecedor que no Brasil, em 2019, um indivíduo seja impossibilitado de se
manifestar e lutar contra qualquer tipo de censura e opressão sem ser ameaçado
(...) Quero dizer que continuarei lutando, enfrentando o obscurantismo e a
opressão, por todos os meios que me cabem, pela defesa do amor e da união até o
fim, até onde for possível e até onde minhas forças e meu coração
aguentarem", escreveu em um comunicado.
Fonte: G1
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