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quarta-feira, agosto 14, 2019

Seis envolvidos em roubo de ouro no Aeroporto de Cumbica se tornam réus

O Tribunal de Justiça de São Paulo aceitou, nesta terça-feira (13), a denúncia contra seis envolvidos no roubo de ouro no Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, no dia 25 de julho. Ao todo, o crime fez sete empresas vítimas e causou prejuízo de mais de R$ 117 milhões.

Fantástico mostra o passo a passo da ação de bandidos que roubaram ouro no aeroporto de Guarulhos — Foto: Fantástico
Fantástico mostra o passo a passo da ação de bandidos que roubaram ouro no aeroporto de Guarulhos — Foto: Fantástico

Os seis envolvidos se tornaram réus por roubo qualificado, integrar organização criminosa armada e adulterar sinal identificador de veículos automotores. Quatro estão presos e dois são considerados foragidos.

Grupo fortemente armado invadiu terminal de cargas de Cumbica, faz refém e rouba ouro de carro-forte — Foto: TV Globo/Divulgação
Grupo fortemente armado invadiu terminal de cargas de Cumbica, faz refém e rouba ouro de carro-forte — Foto: TV Globo/Divulgação

Ouro
Além de roubar as barras de ouro, a quadrilha levou uma carga de esmeraldas e de relógios de luxo, de acordo com o chefe da delegacia de roubos a bancos Pedro Ivo Corrêa dos Santos em entrevista coletiva na última terça-feira (5).


No total, foram 15 quilos de esmeralda que iam para a Índia, 18 relógios de luxo que iam para a Suíça e mais 51 quilos de ouro que iam para Dubai.

Os investigadores apuram agora se os mais de 760 quilos de ouro estão sendo exportados para a China disfarçados em pequenas partes. Filetes pequenos de 9cm x 6cm podem estar sendo colocados dentro de celulares e encaminhados para a o país asiático.

Na segunda-feira (5), a polícia prendeu um chinês que é comerciante na região do Brás. Ele estava com quase um quilo e meio de ouro na Avenida Paulista. A polícia ainda não vê relação com a carga roubada no aeroporto, mas como ele não tinha a documentos que comprovassem a origem do produto, foi autuado por evasão de divisas. O advogado de defesa João Victor Abreu disse que o ouro estava sendo comercializado de forma legal.

Polícia já prendeu quatro dos seis suspeitos:

Peterson Brasil - segundo as investigações, ele tem ligação com os assaltantes e convenceu o amigo Peterson Patrício a participar do roubo.
Peterson Patrício - supervisor de segurança da concessionária que administra o aeroporto em Guarulhos. Ele está nas imagens do assalto que foram gravadas por câmeras de segurança. Aparece descendo do carro dos bandidos e chega a colocar pacotes de ouro dentro da picape.
Célio Dias - trabalhava no estacionamento onde a quadrilha abandonou as duas caminhonetes usadas no roubo. Segundo a polícia, ele ajudou os assaltantes a trocar a carga de veículo.
O nome do quarto suspeito não foi divulgado, mas seu apelido é "Capim". Ele é suspeito de participar diretamente do assalto e tem antecedentes criminais por roubo a banco e tráfico.

Grupo fortemente armado invade terminal de cargas de Cumbica, faz refém e rouba ouro de carro-forte — Foto: TV Globo/Reprodução
Grupo fortemente armado invade terminal de cargas de Cumbica, faz refém e rouba ouro de carro-forte — Foto: TV Globo/Reprodução

Investigação
A primeira fase da investigação policial concluiu que os 760 quilos de ouro roubados no terminal de cargas do aeroporto de Guarulhos seriam repartidos entre os participantes do crime após terem sido colocados em uma ambulância, que tomou rumo ainda ignorado pela polícia.

De acordo com a decisão judicial, eles combinaram que após repartir a quantia de ouro roubada, tomariam rumo ignorado e poderiam inclusive sair do país para fugir da polícia.

"Na posse de tal numerário, conseguiriam rapidamente tomar rumo ignorado, impedindo a aplicação da lei penal. Aliás, não parece exagero imaginar que poderiam inclusive sair do país. De fato, tendo em vista toda a engenharia montada para colocar, em tese, em prática a ação criminosa, facilmente os investigados conseguiriam se afastar do distrito da culpa", diz juiz Gilberto Azevedo de Moraes, de Guarulhos, em sua decisão.

Segundo o inquérito, após a carga ter sido colocada na caçamba de uma caminhonete fraudada da Polícia Federal, os acusados se dirigiram até um imóvel situado na Zona Leste de São Paulo. Lá, a carga roubada foi transferida para outros dois veículos, com os quais os criminosos se dirigiram a um segundo imóvel na mesma região. Neste local, o ouro foi colocado dentro da ambulância.

De acordo com a polícia, a utilização de veículos simulando viaturas policiais revelam que "a ação foi planejada durante muito tempo e iniciada de maneira pensada, havendo divisão de tarefas entre os diversos indivíduos".

O uso de armas de grosso calibre, segundo a polícia, é indicativo de que "não se está diante de quem começou recentemente no mundo do crime".

Fonte: G1

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