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segunda-feira, agosto 19, 2019

PF e Receita cobram blindagem contra ingerência política

Resultado de imagem para PF e Receita cobram blindagem contra ingerência políticaDiante dos recentes movimentos do presidente Jair Bolsonaro de interferência em cargos de comando da Polícia Federal e da Receita Federal no Rio de Janeiro, os dois órgãos passaram a cobrar uma blindagem contra ingerência política.

Nos últimos dias, Bolsonaro deu indicações de que faria mudanças em postos estratégicos tanto na Receita quanto na PF.

No caso da PF, houve um recuo do presidente depois que o comando do órgão ameaçou entregar os principais cargos (veja detalhes abaixo). Bolsonaro foi alertado que essa reação causaria um grande desgaste na imagem do governo.

O ministro da Justiça, Sérgio Moro, tomou café da manhã nesta segunda (19) com Bolsonaro. Apesar de a agenda ter sido marcada para tratar dos vetos ao projeto que pune o abuso de autoridade, o encontro serviu para tratar de assuntos variados, inclusive desse alerta feito pela Polícia Federal.

Já na Receita Federal, o clima permanece de insatisfação. O próprio secretário da Receita, Marcos Cintra, foi alertado de que se o presidente insistir em mudanças em cargos estratégicos do órgão no Rio de Janeiro, haverá entrega em massa dos cargos de comando.

Troca na PF do Rio de Janeiro
Na semana passada, ao comentar a saída do então superintendente da Polícia Federal do Rio de Janeiro, Ricardo Saad, Bolsonaro disse que o motivo era "produtividade".


A declaração do presidente surpreendeu o comando da PF em Brasília que, na própria quinta-feira, divulgou uma nota afirmando que: “A troca da autoridade máxima do órgão no estado já estava sendo planejada há alguns meses, e o motivo da providência é o desejo manifestado, pelo próprio policial, de vir trabalhar em Brasília, não guardando qualquer relação com o desempenho”.

A PF também informou na ocasião que “o nome do substituto, escolhido pela direção geral da Polícia Federal, é o do delegado de Polícia Federal Carlos Henrique Oliveira Sousa, atual superintendente regional em Pernambuco”.

No entanto, na sexta-feira (16), Bolsonaro afirmou que ele e que mandava na PF e que o escolhido para chefiar a Superintendência no Rio era o atual superintendente no Amazonas, Alexandre Saraiva.

“Pelo que eu sei, pelo que fiquei sabendo, é o que está em Manaus. É superintendente de Manaus para lá. O que eu fiquei sabendo, se ele resolver mudar, vai ter que falar comigo. Quem manda sou eu. Deixar bem claro", disse Bolsonaro.

Mais tarde, no Palácio do Planalto, o presidente mudou o tom.

“Se querem o de Pernambuco, não tem problema, não. Está há três meses programado, eu acho que ele vai para o exterior, o que estava lá. Tanto faz para mim. Eu sugeri o de Manaus. Se vier o de Pernambuco, não tem problema”, disse.

Fonte: G1

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