O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira (21) que não recuará em relação à indicação do filho, deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), para a embaixada do Brasil nos Estados Unidos. Segundo o presidente, o parlamentar vai definir o momento certo para oficializar a indicação ao Senado.
Bolsonaro destacou que Eduardo está se preparando para a sabatina na Comissão de Relações Exteriores do Senado. Além de ser sabatinado, Eduardo terá de ser aprovado no plenário e ainda precisará renunciar ao mandato de deputado federal.
"O Eduardo vai ser apresentado no Senado. Vai ser. Não tem recuo. É o momento certo. O Eduardo está estudando, está se preparando. [...] Ele que vai sentir o timing. Eu apenas vou usar a caneta Bic", disse o presidente.
Ele declarou que o envio da indicação ao Senado poderá ficar para depois de 7 de setembro, dia em que se comemora a Independência do Brasil. O Senado é responsável por aprovar, em plenário, nomes para chefia de embaixadas.
O presidente deu a declaração um dia depois de admitir a possibilidade de desistir de indicar o filho para comandar a embaixada em Washington.
Na oportunidade, Bolsonaro foi indagado se poderia rever a decisão caso sinta o risco de o nome do filho ser rejeitado pelo senadores. O presidente disse na ocasião que não desejava submeter o filho a um "fracasso".
O governo dos Estados Unidos já deu o aval oficial à indicação de Eduardo para embaixada, contudo, Bolsonaro ainda não enviou a mensagem ao Senado.
Um parecer elaborado por consultores legislativos do Senado afirma que a possível indicação do deputado para a embaixada brasileira em Washington configuraria nepotismo.
O documento, assinado pelos consultores Renato Rezende e Tarciso Jardim, baseia-se em uma súmula do Supremo Tribunal Federal (STF), de 2008, e considera cargo em comissão – e não de natureza política – a função de chefe de missão diplomática permanente, caso da embaixada.
Fonte: G1
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