A Justiça negou, nesta quarta-feira (21), o pedido de desarquivamento do processo de estupro contra o jogador Neymar. Ele foi feito pelo advogado da modelo Najila Trindade, Cosme Araújo, na Vara de Violência Doméstica de Santo Amaro, na quinta-feira (15). O Ministério Público já havia se posicionado contra o desarquivamento.
Najila e Neymar — Foto: Renato S. Cerqueira/Futura Press/Estadão Conteúdo; Luisa Gonzalez/Reuters
Cosme Araújo alegou, em linhas gerais, que a polícia não esgotou as possibilidades de apuração do crime.
A decisão é da juíza Ana Paula Vieira de Moraes, da Vara de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, que levou em consideração o entendimento da promotoria.
A promotora Flávia Merlini se manifestou, não concordando com o pedido, pois "não foram apresentadas provas novas" por parte da defesa de Najila.
Declaração da modelo
Najila disse, na noite desta terça-feira (13), que não ficou surpresa ao saber que a Justiça arquivou o processo, na quinta-feira (8). "Eu acho normal, porque a palavra dele [Neymar] vale mais que a minha. É o caso de um jogador e eu sou só uma pessoa de família humilde. É muito mais fácil arquivar o caso do que ir atrás da verdade”, disse a jovem.
A juíza acolheu a manifestação do Ministério Público pelo arquivamento do processo que apura a denúncia de estupro e agressão contra o jogador Neymar.
As promotoras Estefânia Paulin e Flávia Merlini do Grupo de Atuação Especial de Enfrentamento à Violência Doméstica (Gevid), do Ministério Público Estadual, haviam protocolado o pedido de arquivamento à Justiça na tarde desta quinta-feira.
"Decidimos pelo arquivamento do processo por não haver provas suficientes. Isso não significa a absolvição do averiguado. Há a possibilidade de reabertura do inquérito", afirmou Flávia.
Fonte: G1
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