O Hospital Municipal Monsenhor Pedro Moura, em Nova Cruz, Região Agreste do Rio Grande do Norte, abriu uma sindicância para apurar o caso do bebê que morreu por falta de transporte médico na unidade no dia 29 de julho. O servidor envolvido no caso, segundo a nota do hospital, foi "afastado temporariamente de suas funções, até conclusão do referido procedimento".
Nesta sexta-feira (2), a Polícia Civil prendeu um motorista de ambulância de 33 anos na cidade. Segundo a Polícia Civil, ele teria se recusado a fazer o transporte da gestante que necessitava de um atendimento de urgência para o nascimento do bebê, que morreu. O servidor vai ser indiciado por homicídio.
Em relação à possível omissão do servidor, o Hospital Monsenhor Pedro Moura reforçou, em nota, que essas informações são "objeto de apuração na seara criminal, onde, após devida conclusão, ensejará ou não o reconhecimento de qualquer responsabilidade em face do citado servidor".
A unidade de saúde apontou ainda na nota que "no que tange a disponibilidade da equipe médica e operacional deste hospital no referido dia, estas se encontravam em plena atuação e disponibilizadas a efetiva execução do serviço público, inclusive os veículos (ambulâncias) estavam na unidade hospitalar".
O hospital também disse que deu suporte com assistente social e psicólogo à família do bebê e que vai "contribuir de forma efetiva com o total esclarecimento dos fatos, inclusive as investigações, no que for pertinente".
O caso
Um motorista de ambulância de 33 anos foi preso na manhã desta sexta-feira (2) na cidade de Nova Cruz. Segundo a Polícia Civil, o servidor será indiciado por homicídio, já que ele teria se negado a fazer o transporte de uma gestante que necessitava de um atendimento de emergência. Com a demora, o quadro se agravou e o bebê acabou morrendo durante o parto, fato ocorrido no dia 29 de julho no hospital da cidade. A operação que cumpriu o mandado de prisão temporária foi batizada de ‘Respeito à Vida’.
“O motorista da ambulância se negou a realizar a transferência de emergência da gestante para o Hospital de São José de Mipibu, apesar da enfermeira e do médico plantonista alertarem da necessitada da imediata remoção da mulher, que precisava receber um atendimento especializado de um médico ginecologista e neonatalogista”, afirmou a assessoria de comunicação da Polícia Civil.
Ainda de acordo com a Polícia Civil, o motorista alegou que não poderia realizar a viagem, pois passaria do horário do seu turno de trabalho. “No entanto, ainda faltavam aproximadamente 2 horas para o término do seu expediente. Em decorrência de tal negativa, sem opção, o médico foi obrigado a conduzir a paciente à sala de cirurgia. Porém, o quadro clínico se agravou e o parto acabou sendo realizado em Nova Cruz e o bebê não resistiu”, acrescentou.
Fonte: G1
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