O Banco do Brasil registrou lucro líquido contábil de R$ 4,2 bilhões no 2º trimestre. O resultado representa um aumento de 34,2% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando a instituição lucrou R$ 3,135 bilhões. Se comparado com o resultado do 1º trimestre, o lucro foi 5,1% maior.
Homem caminha em frente a uma agência do Banco do Brasil na Zona Sul de São Paulo — Foto: Marcelo Brandt/G1
Já o lucro líquido ajustado do banco, que exclui itens extraordinários, somou R$ 4,4 bilhões no período entre abril e junho, valor 36,8% maior se comparado ao mesmo período de 2018.
Segundo o banco, o resultado foi influenciado "pelos aumentos da margem financeira bruta e das rendas de tarifas além do controle de custos, que desempenharam abaixo da inflação".
As receitas com prestações de serviços e tarifas bancárias cresceram 9,5% em relação ao primeiro trimestre e chegaram a R$ 7,439 bilhões no trimestre encerrado em junho. Já as despesas administrativas totalizaram R$ 7,649 bilhões, recuo de 1,1% na comparação anual.
O retorno sobre o patrimônio líquido do Banco do Brasil, um indicador da lucratividade dos bancos, atingiu 17,6%, ante 16,8% no trimestre anterior. Apesar da alta, o desempenho segue abaixo do registrado pelos concorrentes.
O índice de inadimplência superior a 90 dias atingiu 3,25% em junho, um aumento de 0,7 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, impactada por um cliente específico, que não foi identificado pelo banco. Já a despesa com provisões para crédito de liquidação duvidosa (PCLD) aumentou 13,9% na comparação com o primeiro trimestre.
Carteira de crédito cai e banco corta previsão para 2019
A carteira de crédito ampliada do banco totalizou R$ 686,6 bilhões e caiu 0,4% na comparação com junho de 2018, impactada pelo encolhimento dos empréstimos para pessoa jurídica (-7,8%). Já a carteira pessoa física avançou 7,8% em relação a junho de 2018, impulsionada pelo desemprenho de crédito consignado (+R$ 6,0 bilhões), em empréstimo pessoal (+R$ 4,8 bilhões) e financiamento imobiliário (+R$ 2,5 bilhões).
O banco informou que a carteira de crédito pode encolher até 2% este ano ou crescer 1% no máximo, já que os empréstimos a empresas devem continuar a cair. Nos primeiros seis meses do ano, o estoque de crédito do Banco do Brasil cresceu apenas 1,1%.
Anteriormente, o Banco do Brasil esperava que sua carteira de crédito crescesse de 3% a 6% este ano, e no início de maio, o presidente-executivo Rubem Novaes disse que o banco provavelmente atingiria essa meta, destaca a Reuters.
Ainda assim, o Banco do Brasil não revisou seu guidance para o lucro em 2019, que prevê lucro líquido crescendo até 17,5% neste ano. O banco provavelmente continuará a apertar o cinto para cortar custos para atingir essa meta.
No mês passado, o Banco do Brasil lançou um programa de desligamento voluntário com o objetivo de reduzir custos. Ele também disse que iria transformar 333 de suas agências bancárias em locais físicos mais simples, que geralmente têm custos mais baixos.
Distribuição de R$ 1,229 bi para acionistas
O BB informou que seu conselho diretor aprovou a distribuição de R$1,229 bilhão a título de remuneração aos acionistas sob a forma de Juros sobre Capital Próprio (JCP). Será pago o valor de R$ 0,441 por ação, com base na posição de 21 de agosto.
No 2º trimestre, foi distribuído R$ 1,7 bilhão em forma de JCP, valor 78,2% maior na comparação com o segundo trimestre de 2018.
Resultado dos concorrentes
O banco Itaú registrou lucro líquido contábil de R$ 6,815 bilhões no segundo trimestre, um crescimento de 9,1% na comparação com o mesmo período do ano anterior (R$ 6,244 bilhões).
O Bradesco registrou lucro líquido contábil de R$ 6,042 bilhões no segundo trimestre, 33,4% maior em comparação ao mesmo período de 2018.
Já o Santander Brasil registrou lucro líquido de R$ 3,41 bilhões no período de abril a junho.
Fonte: G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!