Servidores da rede estadual de saúde
fazem uma paralisação nesta quarta-feira (3) nos hospitais e demais unidades.
De acordo com a categoria, embora não paralise completamente os serviços, por
serem de caráter essencial, os trabalhos foram reduzidos. Os servidores cobram
pagamentos de salários atrasados, reajuste dos vencimentos e algumas outras
pautas específicas da área.
Servidores da Saúde do RN paralisam atividades e montam tendas em frente à Governadoria ao Estado, em protesto — Foto: Cedida
Um protesto acontece em frente à
Governadoria, sede do gestão estadual, no Centro Administrativo, em Natal. Os
servidores armaram tendas no gramado localizado próximo ao prédio onde a
governadora Fátima Bezerra (PT) despacha. De acordo com os servidores, as
atividades administrativas foram paralisadas 100%. As demais, funcionam com 70%
da capacidade.
De acordo com o Sindicato dos
Servidores da Saúde, a paralisação foi aprovada em assembleia da categoria no
dia 14 de junho e também é "contra a retirada da insalubridade da
aposentadoria e o desmonte do SUS, aplicados pelo governo de Fátima
Bezerra".
Procurada pelo G1 pela manhã, a
Secretaria de Saúde Pública (Sesap) afirmou não ter um levantamento sobre o
impacto da paralisação no atendimento ao público, nos hospitais do estado. À
tarde, a Sesap emitiu uma nota. "Entramos em contato com os hospitais e
todos nos falaram que a paralisação não levou a intercorrências no atendimento.
E em muitos serviços, o funcionamento estava normal".
Em 2018, o Governo do Rio Grande do
Norte decretou estado de calamidade na saúde pública duas vezes. Apesar de não
ter acontecido renovação, os servidores reclamam que os hospitais estão
superlotados, com estruturas físicas degradadas e com déficit de medicamentos e
profissionais.
Ainda de acordo com o sindicato, o
governo prejudicou a categoria quando judicializou a greve da saúde no início
do ano, anunciou fechamento o Hospital Ruy Pereira - medida que depois foi
revogada - e agora "ameça fechar metade dos leitos do Hospital Regional de
Canguaretama".
"Estamos com os nossos salários
atrasados e há quase 10 anos sem reajuste salarial, mas a governadora só quer
dar reajuste para quem já recebe R$ 30 mil? Os servidores não aguentam mais
tanto descaso, estamos ficando doentes", afirma a diretora do Sindicato,
Maria do Carmo, em referência ao aumento de 16% concedido aos procuradores do
Estado após o aumento do salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal.
Fonte: G1
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