A falta de procuradores para atuar com dedicação exclusiva colocou em risco a Operação Zelotes, segundo o Ministério Público Federal do Distrito Federal.
A operação investiga um possível esquema de corrupção no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), órgão do Ministério da Economia que julga recursos contra multas aplicadas por auditores da Receita Federal.
A Zelotes começou em 2015 e já tem 113 réus. O inquérito investiga prejuízos em impostos não arrecadados que chegam a R$ 50 bilhões.
O alerta da Procuradoria do Distrito Federal foi feito depois de um dos procuradores com dedicação exclusiva à operação ter deixado a força-tarefa da Zelotes.
Desde o mês passado, o coordenador do grupo, Frederico Paiva, está fazendo um curso nos EUA e trabalhando à distância.
Com isso, a Zelotes ficou somente com um procurador em dedicação exclusiva, Alexandre Ismail.
Mas a Procuradoria Geral da República decidiu retirá-lo da operação a fim de que ele voltasse para o lugar de origem, a unidade de Boa Vista (RR).
A força-tarefa da Zelotes pediu a permanência de Ismail em Brasília, mas a Procuradoria de Roraima afirmou que precisava dele em Boa Vista. A PGR atendeu porque uma das condições para que ele permanecesse era a concordância do local de origem do procurador.
Segundo a PGR, outro procurador ocupará o lugar de Ismail na Zelotes.
Investigadores avaliam que essas mudanças têm reflexos negativos para o ritmo das investigações e dificultarão futuras punições de responsáveis por fraudes.
O procurador-chefe em exercício do Ministério Público Federal do Distrito Federal (sede da Zelotes) , Cláudio Drewes, chegou a dizer numa nota que as mudanças significam o “encerramento compulsório da investigação”. O texto foi divulgado no fim de semana e depois retirado do site do MP.
Fonte: G1
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